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O papa João Paulo II pediu em Roma, a retomada do diálogo entre governo e oposição na Venezuela, que nesta quarta, dia 4, enfrentou o terceiro dia de greve geral, com distúrbios nas ruas da capital, Caracas. A oposição venezuelana convocou pela quarta vez em menos de um ano uma greve geral contra o presidente Hugo Chávez, para buscar uma saída eleitoral, por meio de um plebiscito, para a atual crise política no país.
Milhares de pessoas voltaram às ruas de Caracas para demonstrar ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria, sua firme disposição de exigir a renúncia de Chávez. Gaviria está em Caracas negociando uma solução para a crise.
Chávez voltou a dizer que a greve geral fracassou e que não vai renunciar. Segundo ele, um referendo sobre o fim antecipado de seu governo só pode ser feito a partir da metade de seu mandato, em agosto de 2003. Simpatizantes do presidente também convocaram uma manifestação de apoio a Chávez.
Já o presidente da central sindical CTV, Carlos Ortega, disse que até agora o resultado do movimento é ''altamente positivo'', embora não tenha afetado o importante setor petroleiro do país, quinto maior exportador mundial do produto. Mesmo assim, o embarque de alguns carregamentos para o mercado externo está atrasado, devido a problemas administrativos. Ele também reiterou que " se não há uma mudança de conduta [do governo], o movimento sindical vai estar na rua permanentemente''.
A adesão à greve diminui a cada dia, como demonstrou nesta quarta o fato de boa parte das lojas abrirem suas portas em Caracas. Os dois principais jornais venezuelanos, El Nacional e El Universal, que ficaram sem circular por dois dias, voltaram às bancas, mas sem publicidade.
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