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Um dia depois de o presidente da Venezuela Hugo Chávez ter tomado o controle da polícia da Capital Caracas, centenas de oposicionistas se colocaram em frente a uma delegacia para protestar contra o governo. Com gás lacrimogêneo e balas de borracha, os militares dispersaram nesse domingo a manifestação que contou, inclusive, com a participação do prefeito da cidade, Alfredo Pena.
No bairro de Mariperez, dezenas de blindados e centenas de soldados da Guarda Nacional foram acionados. Um coquetel molotov explodiu no estacionamento da emissora Globovisión, que faz oposição a Chávez. Três carros foram danificados, mas não houve vítimas, segundo a polícia. Ninguém assumiu o atentado. Porém, a oposição costuma atribuir incidentes como esse a simpatizantes do governo.
O ministério do Interior determinou no sábado que os 8 mil membros da polícia metropolitana de Caracas se reportassem diretamente ao governo venezuelano para garantir a ordem, devido a uma greve de oficiais. A oposição disse que a medida é inconstitucional.
Chávez classificou o movimento como ato político. O presidente nomeou um novo comandante para o corpo policial, potencialmente hostil ao governo. O chefe anterior, Henry Vivas, disse que permanece à frente das tropas.
A Venezuela vive sob constante instabilidade política desde abril, quando uma tentativa de golpe derrubou Chávez do poder durante dois dias. Os protestos populares continuam frequentes desde então. A oposição acusa o presidente de criar a crise político-econômica, ameaça fazer uma greve geral e exige a realização de um referendo sobre sua permanência.
Chávez pede à oposição que espere até agosto de 2003, quando a Constituição determina a realização de um referendo sobre seu governo. Enquanto isso, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria, tenta negociar uma solução eleitoral para a crise política.
As informações são da agência Reuters.
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