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 | 06/11/2002 08h42min

PT gaúcho busca espaço na equipe de Lula

Enquanto os petistas gaúchos sussurram seus nomes como preferidos para assumir uma pasta ministerial, o governador Olívio Dutra, o vice, Miguel Rossetto, e o ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro iniciam a movimentação para conquistar espaço na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. Tarso embarca nesta quinta, dia 7, para Brasília e deverá se encontrar com Lula, “se for possível”.

Para a manhã desta quarta, dia 6, está prevista uma reunião de Tarso com a comissão formada pelo partido para dar caráter oficial à disputa por um pedaço do poder federal. Na sede estadual do PT, o ex-prefeito deverá debater o assunto com o presidente regional da sigla, David Stival, com o vice, Paulo Ferreira, com o secretário-geral, Chico Vicente, e com o secretário de Assuntos Institucionais, Marcelino Pies. Tarso é o primeiro a ser recebido pelo grupo, cuja formação foi anunciada ontem.

– O Rio Grande do Sul acumulou um patrimônio político que será oferecido ao governo federal – disse Ferreira, referindo-se também à senadora Emília Fernandes e ao deputado federal e futuro senador Paulo Paim.

A audiência da comissão com Olívio está marcada para amanhã, no Palácio Piratini. O governador é cotado para assumir o Ministério da Agricultura, mas estaria interessado no Ministério dos Transportes. Na guerra de nomes em cogitação, Tarso surge enfrentando Patrus Ananias, ex-prefeito de Belo Horizonte, na disputa pelo Ministério das Cidades, uma das novidades da gestão de Lula. Rossetto seria escalado para a direção de uma estatal.

A comissão estadual deverá ainda fazer o levantamento das vagas federais existentes no Estado. Ferreira disse que o partido desconhece o número de cargos de livre provimento da União no Rio Grande do Sul. Além das chamadas direções de assessoramento superior (DAS), a troca de comando na administração federal deverá abrir vagas exclusivas para funcionários públicos de carreira. No total, as estimativas oscilam entre 400 e 1,2 mil funções no Estado. 

A executiva estadual do PT decidiu ainda dar início a uma avaliação do resultado eleitoral e da atuação do partido no Palácio Piratini e prefeituras, movimentos sociais e Legislativos. Segundo Stival, uma síntese dos debates deverá ser apresentada na reunião do diretório estadual, no dia 7 de dezembro.

Confira os números do primeiro e segundo turno e informações sobre a transição no especial Eleições 2002

POTI SILVEIRA CAMPOS
Robinson Estrazulas / ZH

Direção do PT no Estado criou comissão para dar caráter oficial à disputa por cargos
Foto:  Robinson Estrazulas  /  ZH


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