| 04/11/2002 23h07min
O início dos trabalhos da equipe de transição do governador eleito Germano Rigotto está previsto para esta terça, dia 5. O local escolhido para abrigar o grupo foi o Centro de Treinamento da Companhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs), zona sul da Capital. Dois prédios do Centro e uma área do prédio administrativo serão ocupados pela equipe.
A previsão é de que 60 pessoas da equipe do governador eleito, no mínimo, sejam mobilizadas para a tarefa. A Procergs instalou 32 microcomputadores, ligados em rede e conectados à rede do governo do Estado. No Prédio Administrativo, ficarão instalados Rigotto e os três coordenadores – Alberto Oliveira, João Carlos Brum Torres e Paulo Michelucci. Junto à sala de Rigotto, há sala para a secretaria da transição, sala de reuniões, banheiro e recepção. No prédio, há um restaurante e a biblioteca da Procergs. No térreo, foi reservada uma sala para a assessoria de imprensa.
O maior número de servidores ficará no Prédio do Auditório (que tem capacidade para 150 pessoas sentadas). No andar superior, estão as salas que serão ocupadas pelas três coordenações. O Prédio do Bolicho, localizado bem próximo às margens do Guaíba, deverá ficar reservado para os trabalhos relacionados às áreas da educação e da segurança pública.
Na manhã desta segunda, Rigotto foi ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE). No local, onde teve uma reunião de 50 minutos com o presidente do TJE, desembargador José Eugênio Tedesco, o governador eleito afirmou que pretende estabelecer uma parceria com o Palácio do Planalto, sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva, para a definição de um programa de reforma agrária no Rio Grande do Sul. Ainda pela manhã, Rigotto visitou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi (PTB). O peemedebista garantiu que irá manter o diálogo constante, com respeito à autonomia dos poderes.
O início oficial da transição ocorreu à tarde, quando Rigotto se encontro com Olívio Dutra. Eles acertaram os procedimentos iniciais de troca de informações que garantam a manutenção de projetos em andamento – como a Operação Golfinho e as matrículas escolares. Olívio mencionou R$ 900 milhões que o governo federal deve ao tesouro estadual por obras feitas em rodovias federais e defendeu que os créditos continuem sendo cobrados de Lula. Rigotto disse que o tema do ressarcimento será um dos que pretende tratar nos encontros que terá em Brasília com o presidente Fernando Henrique Cardoso, nesta terça às 18h, e com Lula, provavelmente na quinta-feira. Segundo ele, a idéia é negociar com ambos.
Perguntado sobre a proposta do governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de que a reforma tributária e a renegociação de dívidas fiquem para 2004, Rigotto deu sinais de que os próximos dias exigirão capacidade de negociação.
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