| 22/10/2002 00h13min
Uma greve convocada pela oposição pedindo a renúncia do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, provocou o fechamento de muitas lojas, escolas, bancos e empresas nesta segunda, dia 21. Entretanto, o governo considerou o movimento um fracasso e descartou convocar eleições antecipadas.
O protesto de 12 horas reduziu as atividades econômicas em Caracas e em outras cidades, mas não conseguiu romper o impasse político que tem dominado o quinto maior exportador de petróleo do mundo desde que Chávez sobreviveu a uma tentativa de golpe em abril.
A produção e a exportação de petróleo não foram afetadas pela paralisação, reduzindo seu impacto econômico, afirmaram autoridades de energia. Líderes da greve disseram que a paralisação teve adesão de 80%. Mas para o vice-presidente, José Vicente Rangel, a adesão não passou dos 10%.
Cerca de 5 mil soldados e policiais da Guarda Nacional patrulharam as ruas de Caracas. Alguns donos de lojas disseram que receberam ameaças de ativistas radicais pró-Chávez para abrirem suas portas. Chávez, ex-pára-quedista eleito em 1998, qualificou a greve como ilegal, e disse que ela faz parte dos esforços da oposição para depô-lo pela força.
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