No último final de semana antes das eleições, os candidatos ao governo do Estado mais bem posicionados nas pesquisas, Esperidião Amin (PPB) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB), centraram todos os esforços na visita ao maior número possível de municípios catarinenses e nas atividades de corpo-a-corpo.

A campanha de Esperidião Amin (PPB), embora em ritmo intenso, reservou espaço aos ataques e contra-ataques aos principais adversários. Propondo o uso de uma lupa, "instrumento de investigação criminal", Amin pediu que se tentasse identificar as "obras" do governo anterior.

Ao fazer uma comparação ao que realizou até agora, no atual governo, Amin citou como exemplo o município de Imbituba, que visitou no sábado, dia 28. O governador afirmou que repassou R$ 778 mil ao município para serem aplicados em educação e foi categórico ao afirmar que o mesmo não foi feito pelo governo peemedebista.

A Ilha de Santa Catarina foi o local escolhido por Amin para passar o último domingo da campanha. O governador puxou uma carreata na Beira-Mar Norte, no Centro da Capital, que percorreu sete quilômetros.

Embora tenha rechaçado desde o início da campanha as pesquisas de intenção de voto, Luiz Henrique parece estar mais contente com os últimos números. Assessores próximos ao candidato da coligação Por Toda Santa Catarina afirmaram que, embora considere que as pessoas dão um valor excessivo às pesquisas, ele está eufórico com os resultados que apontam para a possibilidade de um segundo turno na corrida para o governo do Estado.

Em Lages, na noite de sábado, Luiz Henrique comemorou o apoio que recebeu do ex-governador do Estado, Henrique Córdoba. Apesar de se dizer amigo próximo do senador Jorge Bornhausen (PFL), aliado de Amin, Córdoba subiu no palanque da coligação que faz oposição ao atual governador e afirmou que é tempo de renovação.

O ex-govenador, que há tempos prometia trabalhar em prol da candidatura de Luiz Henrique, criticou a manutenção do poder nas mãos dos mesmos grupos.

– Esse é o homem que acho que vai ser capaz de acabar com as oligarquias – disse Córdoba.

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MÔNICA SANTHYANNA / DIÁRIO CATARINENSE