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O presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta segunda-feira, 23 de setembro, que o desafio dos países emergentes, como o Brasil, é caminhar na direção de uma economia mais dinâmica, mais integrada, moderna e mais democrática, levando em consideração valores como a maior distribuição de renda. Para o presidente, “o momento não é de se fechar para o mundo e voltar ao terceiro mundismo dos anos 60”. Mas de ter coragem e competência para avançar.
– Não é possível avançar sem competência, sem que haja uma espécie de grande mutirão nacional em favor do desenvolvimento, de uma responsabilidade social baseada em valores atuais, destacou FH ao discursar na abertura da 36ª Convenção Nacional dos Supermercados (Expo Abras 2002), no Rio.
O presidente enfatizou que o futuro de um país se define por sua capacidade de investimentos, o que assegura, segundo ele, também o crescimento da produtividade. FH afirmou que nos oito anos do Plano Real o Brasil recebeu US$ 150 bilhões em investimentos externos no setor produtivo, enquanto que no ano anterior ao Real a cifra não passou de US$ 2 bilhões. O presidente admitiu, porém, que as dificuldades na área do comércio exterior, como as barreiras tarifárias, representam um choque de competitividade, mas afirmou que as turbulências do mercado financeiro internacional não podem limitar possibilidades de avanço. Ele reafirmou que o modelo de abertura da economia, adotado em seu governo, não deve retroceder, pois “seria quase um suicídio pensar em fechar a economia outra vez. Não vamos recuar para o que não seja adequado”, enfatizou.
– Eu sei que falta muita coisa. Nós precisamos investir mais em Ciência e Tecnologia, na área de transportes, na área de infraestrutura em geral, sobretudo em infraestrutura energética”, acrescentou.
A Expo Abras é a maior feira do setor na América Latina. O evento se estende até a próxima quinta-feira.
As informações são da Agência Brasil.
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