O dólar começou a semana em alta e parece que se fixou no patamar dos R$ 3,00. A moeda fechou esta segunda-feira, 12 de agosto, cotada a R$ 3,155 para venda e a R$ 3,145 para compra, uma alta de 3,95% em relação ao fechamento de sexta-feira, quando terminou vendida a R$ 3,035. No mês, a valorização da moeda brasileira é 9,98%. No entanto, no ano, o real continua desvalorizado em 26,59%.

Na manhã desta segunda, o dólar encerrou o pregão em alta de 2,64%, vendido a R$ 3,110. Na máxima, atingida minutos antes, a moeda foi aos R$ 3,130, em alta de 3,3%. Nesse momento o Banco Central interveio e fez a cotação ceder um pouco. No entanto, a intervenção não foi suficiente e no início da tarde a divisa norte-americana estava sendo vendida a R$ 3,12 e comprada a R$ 3,11. O dólar paralelo fechou o dia a R$ 2,85 para compra e a R$ 3,00 para venda.

Segundo analistas, parte do impulso da moeda norte-americana se deve ao vencimento de mais de US$ 2 bilhões em papéis cambiais, na próxima quinta-feira.

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse que o governo não adotará qualquer medida adicional para segurar a taxa de câmbio. Ele afirmou que aposta na reversão "das dificuldades do momento", com o apoio doméstico ao acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Pelo contrato, o Brasil tem direito a US$ 30 bilhões em até 15 meses. Deste total, US$ 6 bilhões serão liberados pelo Fundo ainda neste ano. Malan disse ainda que o governo quer retomar linhas de crédito para exportação. Os bancos internacionais reduziram suas linhas de crédito direcionadas ao comércio externo brasileiro em razão das incertezas geradas pelo processo eleitoral e do cenário internacional.