| 02/08/2002 21h
Tarso Genro (PT) admitiu nesta sexta-feira, 2 de agosto, que irá manter conversações com o PDT, caso o partido mantenha a decisão de não ter candidato próprio ao Palácio Piratini depois da renúncia de José Fortunati à candidatura. O ex-prefeito da Capital afirmou que respeita o debate interna da sigla trabalhista, mas sugeriu a união dos "setores democráticos" contra a candidatura de Antônio Britto (PPS).
Mesmo disposto a dialogar com a cúpula estadual do PDT, Tarso afirmou que não tem a pretensão de buscar o apoio direto a sua candidatura. O petista defendeu a criação de uma Frente em Defesa do Rio Grande contra o "retrocesso político do Estado" representado, em sua opinião, pela possível volta de Britto ao Palácio Piratini. Tarso afirmou que irá esperar o momento propício para procurar o PDT, mas ressaltou que, se for necessário, o PT não deixará de fazer uma autocrítica a "atitudes que não foram corretas", referindo-se ao racha protagonizado pelas duas siglas em 2000.
Entre representantes do PDT, a disposição de diálogo com os petistas não é bem vista. Deputados e dirigentes do partido afirmam que a sigla irá concentrar a campanha estadual na eleição de Ciro Gomes (PPS) para presidente, independentemente de confirmar ou não o abandono à candidatura própria no Estado. Para a maioria dos trabalhistas, uma aproximação com o PT seria incompatível com os planos de conduzir Ciro à Presidência. O apoio à candidatura de Britto ainda está sendo discutido.
O presidente estadual do PPS, deputado federal Nelson Proença, disse que o partido não teme uma possível aproximação de Tarso com o PDT. Ele lembra que o PPS possui um acordo nacional com os trabalhistas, "baseado em programas e não interesses eleitoreiros". Para ele, Tarso está sendo inconseqüente ao buscar o apoio do PDT.
• Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002. FERNANDA CRANCIO© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.