O dólar comercial era cotado a R$ 3,240 para compra e a R$ 3,270 para venda perto das 14h30min desta quinta-feira, 1º de agosto, segundo informações da Globo News. A cotação vem caindo desde o início da manhã, quando começou os negócios valendo R$ 3,50 para a venda. Ontem, a moeda norte-americana encerrou o dia negociada R$ 3,470.

Se a tendência de baixa se mantiver até o fechamento dos negócios de hoje, será o fim de uma série de oito recordes consecutivos da moeda desde a implantação do Plano Real. O bom humor do mercado é atribuído especialmente às perspectivas de fechamento de um acordo entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional. O porta-voz do FMI, Tom Dawson, afirmou que a instituição está trabalhando bastante intensamente' com a missão brasileira que visita Washington, em negociações para estender o atual pacote de ajuda financeira ao país até o final de 2003. Ele acrescentou, no entanto, que qualquer acordo com o país necessitaria de um entendimento de que os candidatos às eleições presidenciais de outubro irão manter as políticas básicas acertadas em troca dos recursos.

Segundo operadores, o Banco Central (BC) interveio algumas vezes no câmbio durante a manhã. Segundo profissionais do mercado, a liquidez era bastante restrita e havia dificuldade para a formação dos preços dos negócios. Pela manhã, o BC fez a rolagem de 150 milhões de dólares em linhas externas, com o oferecimento de um novo empréstimo com data de recompra em 3 de dezembro próximo, ou 120 dias seguidos. Com essa operação, o BC rolou parte dos US$ 335 milhões em linha externa que deve ser devolvida à autoridade monetária na próxima segunda. A expectativa do mercado é de que os demais US$ 185 milhões possam ser rolados com venda de moeda à vista, no lugar de novos empréstimos, o que contribuiria para reduzir a pressão no câmbio à vista.

Operadores também disseram que o mercado estava mais aliviado nesta manhã com o fim da pressão da véspera, provocada pelo vencimento de contratos na Bolsa de Mercadorias & Futuros. Por outro lado, a expectativa de que o FMI exigiria mais aperto da política monetária brasileira fazia disparar os contratos de juros na BM&F. O vencimento de janeiro, mais líquido, apontava juro anual de 26,50% para a virada do ano, em comparação aos 25,20% do fechamento anterior. Com informações da Agência Reuters.