O presidente argentino, Eduardo Duhalde, disse neste domingo, 28 de julho, que o peronismo ganhará as eleições presidenciais marcadas para março de 2003, porque é o único partido político que pode tirar o país da pior crise de sua história. 

Duhalde decidiu antecipar as eleições, previstas para setembro do ano que vem, para março em razão das dificuldades de reavivar uma economia que não cresce desde 1998 e que deixou metade da população na pobreza e 21,5% das pessoas aptas a trabalhar sem emprego.

O presidente argentino disse que tanto ele como o ex-presidente Carlos Menem deveriam abster-se para permitir que surjam novas propostas, em um momento em que o governo enfrenta protestos da população exigindo a saída de todos os políticos. Duhalde se mostrou otimista com os rumos da economia, ainda que os índices de desemprego e pobreza e as manifestações de correntistas contra o plano que congelou depósitos bancários, o corralito, pareçam contradizer suas declarações. 

– O país está tranquilo e caminha para uma reativação. Quase não há conflito social.

O governo argentino negocia há meses um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), porém o organismo ainda se nega a fechar o acordo porque desconfia da capacidade de o governo e as províncias cumprirem suas promessas de austeridade fiscal. Duhalde disse estar confiante no sucesso das negociações para uma ajuda financeira nos próximos meses.

As informações são da agência Reuters.

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