| 22/07/2002 20h35min
O presidente Eduardo Duhalde se reuniu nesta segunda-feira, dia 22, com a comissão de notáveis que chegou a Argentina para estudar uma política econômica e buscar uma saída para o "corralito". O ministro da Economia, Roberto Lavagna, também participou do encontro.
O grupo, contrado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ) para ajudar o organismo a compreender a crise do país, é formado pelo ex-presidente do banco central alemão Hans Tietmeyer; pelo gerente-geral do Banco Internacional de Compensações, Andrew Crockett; pelo ex-presidente do BC do Canadá John Crow; e pelo ex-diretor do BC da Espanha Luis Angel Rojo.
A reunião durou quase uma hora e os quatro enviados dirigiram-se, sem fazer qualquer declaração à imprensa, ao Ministério da Economia, onde tinham encontro com o ministro Roberto Lavagna, sua equipe e o presidente do banco central argentino, Aldo Pignanelli.
Uma fonte do ministério disse a jornalistas que os especialistas estavam interessados em conhecer os detalhes do plano do governo federal para resgatar moedas paralelas emitidas nos meses anteriores pelas províncias diante da falta de liquidez devido a queda de arrecadação de impostos.
Dentro do governo existem diferentes visões de como acabar com o limite aos saques bancários, medida que gera protestos diários de correntistas contra os bancos e o governo. O ministro da Economia, Roberto Lavagna, nega-se a dar seu aval a qualquer plano que imponha uma rápida liberação dos depósitos por temer que os correntistas usem esse dinheiro para comprar dólares em massa, o que aceleraria a queda do peso e poderia gerar um pico hiperinflacionário.
Outros setores do governo defendem a liberação de saques de contas transacionais e de depósitos a prazo de quantias reduzidas. A Argentina negocia há meses com o FMI um acordo financeiro, do qual depende a volta da confiança dos investidores no país, após a suspensão dos pagamentos em dezembro. Com informações da Agência Reuters.
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