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Políticos governistas criticaram nesta quinta-feira, dia 18, a atitude supostamente benévola das autoridades brasileiras com relação ao ex-general Lino Oviedo. Na quarta-feira, Oviedo compareceu ao Ministério da Justiça, quando foi advertido a não realizar atividades políticas no país. Se não atender a exigência, será expulso do Brasil.
O governo do presidente paraguaio, Luis González Macchi, acusa Oviedo de ter organizado a onda de distúrbios de segunda-feira. Os protestos que exigiam a renúncia do atual presidente deixaram um saldo de dois mortos, mais de cem feridos e 297 detidos. Macchi decretou estado de exceção, que foi revogado na quarta-feira após a normalização da situação em todo o país. Um relatório da chancelaria paraguaia enviado ao Itamaraty destaca que "Oviedo foi o instigador das mobilizações que buscavam desestabilizar o estado de direito", informou o embaixador do Paraguai no Brasil, Luis González Arias.
José Emilio Arganã, líder do movimento Reconciliação Colorada - do qual Macchi faz parte -, disse que é "incompreensível que o Brasil, diante de tanta evidência dos abusos cometidos pelo criminoso político, tenha resolvido apenas advertí-lo".
– Foi uma atitude muito frouxa do governo brasileiro com alguém que tem pendente o cumprimento de uma condenação de 10 anos – afirmou.
Oviedo foi condenado à prisão no Paraguai por uma tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy, em 1996, e por cumplicidade no assassinato do vice-presidente Luis César Franco.
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