| 16/07/2002 20h52min
Durante seu depoimento na CPI em Santo André, nesta terça-feira, dia 16, o empresário Sérgio Gomes da Silva se contradisse algumas vezes enquanto tentava negar sua participação em supostos esquemas de propina na cidade. Acusado pelo Ministério Público de ser um dos mentores de uma suposta máfia para extorquir empresários de Santo André, Silva se irritou quando as perguntas da comissão se referiam ao prefeito assassinado Celso Daniel e se negou a responder questões sobre o assunto.
Interrogado sobre o recebimento de dinheiro por parte de outros empresários do município, ele negou qualquer participação. Mais tarde, acabou se contradizendo ao confirmar que prestou serviços durante dois anos ao seu amigo e sócio Ronan Maria Pinto.
Silva fez acusações à empresa de transporte coletivo Expresso Guarará. Ele declarou que a companhia pode estar desviando entre R$ 80 mil e R$ 100 mil da prefeitura de Santo André. A Expresso Guarará é de propriedade de Luiz Alberto Gabrilli Filho, Rosangela Gabrilli e Sebastião Passarelli, todos testemunhas de acusação da Promotoria.
O empresário, que depôs por uma hora e dez minutos, não quis falar à imprensa na saída do depoimento. Antes do pronunciamento, os advogados de Sérgio Gomes da Silva atestaram que seu cliente não tinha a obrigação de dizer a verdade "por ser réu e não testemunha".
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