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O empresário Ronan Maria Pinto, acusado pelo Ministério Público de ser o principal arrecadador de um suposto esquema de recolhimento de propina na prefeitura de Santo André, negou nesta segunda-feira, 15 de julho, as denúncias feitas contra ele. Ronan prestou depoimento à CPI da Câmara de Santo André que investiga as acusações e declarou que está disposto a abrir seu sigilo fiscal. Disse que pedirá à Justiça para ser submetido a acareações com todos os que o incriminam.
Foi a primeira aparição pública de Ronan desde que foi denunciada a existência do suposto esquema, que teria beneficiado campanhas eleitorais do PT. Empresários do setor de transporte que já foram sócios de Ronan o acusam de forçá-los a pagar propina de R$ 100 mil mensais. O dinheiro seria entregue para o ex-secretário municipal de Serviços e Obras Klinger Luís de Oliveira Sousa. Pressionado pelo PT, Klinger pediu exoneração do cargo e deve reassumir em agosto o mandato de vereador em Santo André. Ronan admitiu ser amigo pessoal de Klinger, mas negou qualquer acordo entre os dois.
O empresário negou qualquer pagamento de propina, mas confirmou que pagava R$ 100 mil mensais à prefeitura de Santo André. Segundo ele, isso estava previsto no contrato de concessão da Nova Santo André e está registrado na contabilidade. Para operar no município, a empresa pagou R$ 7 milhões ao poder público. Segundo Ronan, a concessão previa o desembolso de R$ 4,2 milhões à vista, uma parcela de R$ 500 mil no 18º mês e mais 23 parcelas mensais de R$ 100 mil.
O empresário disse à CPI que todos estes valores estavam previstos no contrato que a Nova Santo André assinou com a prefeitura em 1997. O empresário também negou que fosse interlocutor dos empresários junto à administração.
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