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O indígena e líder dos plantadores de folhas de coca Evo Morales ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais da Bolívia, segundo dados oficiais do Tribunal Nacional Eleitoral (CNE), divulgados nesta segunda-feira, dia 8
A posição o colocará na disputa pelo cargo com o ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada. O novo presidente será escolhido pelo Congresso recém-renovado no dia 4 de agosto, entre os dois candidatos mais votados.
Segundo o CNE, faltando somente 2 mil votos do primeiro turno da eleição (realizado no dia 30 de junho) a apurar. Lozada, do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), ficou com 22,4%. Morales, do Movimento Ao Socialismo (MAS), ficou com 20,942%, e Manfred Reyes Villa, da populista Nova Força Republicana (NFR), 20,916%.
O embaixador dos EUA em La Paz, Manuel Rocha, havia advertido antes das eleições que, se Morales fizesse parte do novo governo, seu país suspenderia a ajuda econômica à Bolívia e fecharia seus mercados às exportações do país, entre elas o gás natural boliviano.
Morales, 42 anos, disse que se for eleito revisará uma polêmica lei que pune o cultivo da folha de coca – algo tradicional no país e não necessariamente ligado à produção de cocaína – em Chapare, região central da Bolívia. O candidato do MAS foi expulso do Congresso em janeiro, acusado de incentivar o assassinato de três militares em um conflito com trabalhadores rurais em Chapare.
Espera-se que os resultados finais, com todos os votos apurados, sejam anunciados nesta terça-feira, dia 9. Temporais nas zonas rurais haviam impedido na semana passada que as urnas fossem levadas a La Paz para a apuração.
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