Os bolivianos festejaram neste domingo, 30 de junho, a vitória do Brasil na Copa do Mundo e votaram atrasados para presidente e novos parlamentares nas eleições que poderão marcar o fim de um desgastado sistema eleitoral. A vitória do Brasil retardou por cerca de uma hora e meia a abertura das quase 20 mil mesas de votação, especialmente nas cidades.

Pouco mais de 4,1 milhões de cidadãos podem votar para presidente e vice-presidente da nação de 8,2 milhões de habitantes. Também serão eleitos 27 senadores e 130 deputados. Mas todas as pesquisas anteciparam que nenhum dos 11 candidatos a presidente conseguirá a maioria absoluta necessária e a eleição deverá ser decidida no parlamento, como nas quatro votações anteriores, desde 1985.

Oitenta por cento dos bolivianos, segundo pesquisas, querem mudar o sistema vigente e eleger o presidente por maioria simples, ou em segundo turno. Isso provavelmente obrigará os políticos a reformarem a Constituição.

Onze candidatos disputaram neste domigno a presidência do Bolívia. A maioria das pesquisas mostravam uma briga acirrada entre o candidato da Nova Força Republicana (NFR), Manfred Reyes Villa, de centro-direita, e Gonzalo Sánchez de Lozada, do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), de centro.

As pesquisas davam para Reyes Villa 22% das intenções de voto, e 19% para Sánchez de Lozada.
O embaixador dos Estados Unidos em La Paz, Manuel Rocha, pediu para os eleitores "não votarem" em Morales, a quem acusa de ter laços com o narcotráfico. O embaixador ameaçou tirar toda a ajuda à Bolívia.