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O presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta sexta-feira, dia 28, que, se algum delegado da Polícia Federal tiver feito alguma escuta telefônica para investigar o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, será afastado do cargo e processado.
– Se houver alguma coisa errada, aí, eu processo na hora o delegado que tiver feito uma coisa desse tipo, que eu não aceito também – disse.
Mas ele ressaltou que, pelas informações que recebeu, não houve nenhuma escuta.
– Houve uma denúncia que não era consistente, não deve ser levada a sério. Só isso.
Nesta sexta-feira, dia 28, o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, pediu "uma devassa" na Polícia Federal (PF). O motivo é uma contradição de datas no documento que deu origem às investigações realizadas pela PF sobre Lula.
No documento que deu origem às investigações sobre o candidato petista, um homem chamado Fernando Tenório Cavalcanti, apontado como "ex-prefeito de São Bernardo do Campo", no Grande ABC (SP), teria feito uma denúncia anônima acusando-o de ter ligações com o narcotráfico e várias propriedades em nome de parentes. No entanto, o papel é datado de 4 de abril de 2001, mas o texto do documento assinado pelo agente da PF Gilvan de Sousa Figueiredo informa que o depoimento de Cavalcanti ocorreu no dia 11 do mesmo mês.
José Dirceu informou que seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, iria entregar, em Brasília, uma representação ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pedindo a imediata abertura de um inquérito policial para investigar a si próprio. Dirceu disse que o objetivo da iniciativa é "resgatar a verdade", preservando a honra dele e a reputação do partido.
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