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Cerca de 5 milhões de pessoas engrossaram as fileiras da pobreza na Argentina entre outubro do ano passado e maio deste ano, o que significa que a grave crise econômica do país criou uma média de 24 mil pobres por dia no período, disse nesta segunda-feira, dia 3, um instituto de pesquisa. Segundo o estudo, 18,9 milhões de habitantes, num total de 36 milhões, vivem na pobreza na Argentina.
Os altos níveis de pobreza se conjugam com um alarmante índice de desemprego que, segundo fontes oficiais, já chega a 24% da população ativa, o que se conjuga com uma crise que mantém o governo sob pressao constante por temores de uma revolta social.
– Trata-se de uma expansão [até maio] do universo de pobreza de 718 mil pessoas por mês, ou de 24 mil pobres adicionais aos de outubro de 2001 por dia – disse um relatório da consultoria Equis (Equipos de Investigación Social).
A pesquisa mostra que o atual presidente interino, o peronista Eduardo Duhalde, não conseguiu brecar a deterioração econômica até agora e sua decisão de desvalorizar o peso em janeiro só conseguiu disparar a pressão inflacionária, o que acelerou o empobrecimento da população. Segundo dados oficiais, considera-se pobre uma família de quatro membros cuja renda mensal total não supera US$ 163,9.
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