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O plano para devolver em títulos públicos os depósitos congelados pelo corralito na Argentina, anunciado sábado pelo ministro da Economia, Roberto Lavagna, não tem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o jornal La Nación, a diretoria do Fundo discutiu o plano, que não é exigência para a concessão de novo empréstimo ao país. Segundo o jornal, o chefe da missão do FMI para o caso argentino, Anoop Singh, teria mostrado ao diretor-gerente, Horst Kohler, e à vice-diretora-gerente, Anne Krueger, que o plano é insuficiente para eliminar totalmente as restrições bancárias impostas pelo corralito porque só parcela pequena dos correntistas deve trocar os depósitos congelados por títulos.
A posição do FMI tem apoio dos banqueiros estrangeiros na Argentina, para os quais a solução apresentada pelo governo, que prevê a duplicação das contas correntes atuais, deve aumentar os custos das instituições financeiras. Isso porque as novas contas não conseguiriam incentivar a retomada da poupança interna, mesmo oferecendo correção monetária pela inflação e sem restrições ao saque.
– O problema é a falta de confiança no sistema bancário, o que não será resolvido enquanto houver o corralito – disse Gabriel Caracciolo, analista de bancos da Standard & Poor's.
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