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O ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, confirmou nesta segunda-feira, 13 de maio, que vai depor na Comissão do Senado que apura as denúncias sobre a cobrança de propina na privatização da Companhia Vale do Rio Doce, por parte do ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira.
Paulo Renato ainda não conversou com o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o assunto. Segundo o ministro, um encontro com FH deve ocorrer nesta terça ou quarta-feira.
Nesta semana, a revista Época publicou novas informações sobre irregularidades no leilão da Vale do Rio Doce. Segundo a publicação, o empresário Benjamin Steinbruch pagou a maior parte dos R$ 15 milhões pedidos por Ricardo Sérgio como propina para organizar o Consórcio Brasil, vencedor da licitação de compra da companhia. Streinbruch, com a Companhia Siderúrgica Nacional, era líder do consórcio que ainda reunia três dos maiores fundos de pensão – o do Banco do Brasil (Previ), o dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) e o dos empregados da Petrobras (Petros).
Segundo executivos de bancos, ministros e empresários que conviveram com os participantes das privatizações, Steinbruch pensava que Ricardo Sérgio falava em nome do PSDB. Quando descobriu que o dinheiro estaria ficando com o ex-diretor, suspendeu o restante da verba.
A denúncia de pedido de propina realizado por Ricardo Sérgio foi revelada em reportagem da revista Veja na edição da semana passada. Segundo o texto, Ricardo Sérgio havia feito um pedido de R$ 15 milhões a Steinbruch para capitalizar seu consórcio com dinheiro dos fundos de pensão do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal.
De acordo com a revista Época, a intenção inicial do consórcio vitorioso era fazer os pagamentos ilegais com o recurso da própria Vale, mas alguns dos diretores resistiram à idéia. Um deles seria o responsável pela parte financeira da companhia, Gabriel Stoliar, que preferiu não falar sobre o assunto. Ricardo Sérgio e Steinbruch também não se pronunciaram. A revista Época aponta ainda que os empresários José Brafman e Miguel Ethel faziam a ponte na negociação.
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