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Os 71 integrantes do diretório estadual do PPS vão pressionar o ex-governador Antônio Britto a assumir a candidatura ao governo do Estado durante encontro marcado para as 9h de quarta-feira, dia 1º de maio, na sede da sigla.
Será o primeiro encontro entre os principais expoentes do PPS e Britto depois de frustradas as negociações com o PDT e o PTB para a formação da Frente Trabalhista.
Os deputados estaduais da sigla avaliam que não há mais motivos para o ex-governador não assumir que é candidato. Britto evitou nos últimos dias falar sobre o seu futuro político, só trocando alguns telefonemas com companheiros mais próximos, o que fez aumentar a expectativa no PPS.
– Estamos convictos de que Britto será candidato, mas depois de tantos desmentidos, só ouvindo da boca dele para ter certeza, disse ontem o deputado estadual Mario Bernd.
O silêncio de Britto tem deixado preocupados os seis deputados (cinco estaduais e um federal) que com ele deixaram em outubro do ano passado o PMDB para ingressar no PPS. A falta de estrutura do partido no Estado pode colocar em risco a reeleição da maioria dos parlamentares. A candidatura de Britto seria uma forma de puxar votos para a legenda, ainda desconhecida da maioria dos eleitores.
– Se ainda estivéssemos no PMDB a maioria de nós não estaria correndo risco de não se reeleger, afirmou um dos parlamentares do partido.
O ex-governador não pretendia entrar na disputa sem antes acertar uma aliança capaz de garantir espaço maior no rádio e na TV e uma estrutura de campanha no Interior. Até a semana passada, a maior aposta era o PTB, do presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi. As chances de uma aproximação se tornaram remotas depois que a cúpula nacional do PTB firmou acordo com o PDT para selar coligações entre as duas siglas em todos os Estados, o primeiro passo para uma fusão das duas legendas.
Dos principais partidos no Estado, o PFL passou a ser a única alternativa para o PPS. Apesar da pouca estrutura no Estado, a sigla tem um dos maiores espaços no rádio e na TV. O PFL gaúcho, porém, depende de uma decisão nacional para dar início às conversações com o PPS. Se o partido assumir formalmente o apoio ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, a aliança fica inviabilizada no Estado.
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