O PMDB gaúcho anunciará nesta segunda-feira, dia 22, a candidatura do deputado federal Germano Rigotto ao governo do Estado. A confirmação do nome do deputado será feita às 14h30min pelo presidente do diretório estadual da sigla, deputado federal Cezar Schirmer, e pelo senador Pedro Simon. O anúncio será precedido de uma reunião da coordenação regional, composta por prefeitos, deputados e filiados, às 10h.

A reunião do PMDB acaba com o suspense em torno do candidato da legenda ao Piratini. Simon, um dos primeiros nomes cogitados para a disputa, reafirmará no encontro que não é candidato e encaminhará o início da campanha de Rigotto. Com a confirmação do candidato, o partido pretende avançar nas articulações de alianças e definições do programa de governo. A posição de Simon de não concorrer ao Piratini foi comunicada à cúpula do PMDB gaúcho na última quarta-feira, dia 17.

No gabinete do senador, em Brasília, reuniram-se Schirmer, o ex-ministro dos Transportes Eliseu Padilha e o ex-secretário estadual da Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres, para ouvir o anfitrião anunciar a decisão. A oficialização do nome de Rigotto foi marcada propositalmente para o início da semana, antecedendo a pré-convenção estadual do PMDB, que será realizada no dia 28 deste mês.

Dessa forma, o partido pretende chegar ao encontro com o candidato definido, deixando o pontapé inicial da campanha exatamente para a discussão do programa de governo. Tanto Schirmer quanto Simon preferiram manter sigilo sobre a reunião e não prestaram nenhuma declaração. Rigotto, que também não quis adiantar o tema central do encontro, foi taxativo ao dizer que não falaria por ser “parte envolvida na questão”, mas sugeriu que Simon comunicaria sua desistência de concorrer pelo PMDB ao governo do Estado.

Com o anúncio oficial de seu candidato ao governo do Estado, o PMDB pretende avançar nesta semana nas negociações de apoios e prováveis coligações. Segundo Rigotto, a reunião, com caráter reservado, será a conclusão de uma série de debates internos sobre a sucessão estadual realizados nas últimas semanas. A definição do candidato do PMDB está cercada de suspense desde que o ex-governador Antônio Britto, o senador José Fogaça e sete deputados (seis estaduais e um federal) trocaram a sigla pelo PPS, em setembro do ano passado. Apesar de atritado com a direção nacional da sigla, da qual Schirmer faz parte, Britto era considerado candidato natural do partido ao Piratini.

O ex-governador deixou o PMDB fazendo duras críticas à cúpula e à postura supostamente domesticada dos líderes gaúchos, especialmente simon, Padilha e Schirmer. Simon considerou-se traído pela cisão e admitiu que poderia ser candidato ao Piratini caso Britto fosse o nome apresentado pelo PPS na disputa. A prioridade de Simon, no entanto, é disputar a indicação para uma cada vez mais improvável candidatura própria do PMDB à Presidência. O nome do senador vem sendo lembrado também como possível vice na chapa presidencial encabeçada por José Serra (PSDB). Ele teria a preferência pessoal do candidato, mas não conta com apoio significativo na própria cúpula peemedebista.