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A Polícia Federal do Maranhão pretende indiciar por formação de quadrilha e peculato (crime do funcionário público que desvia ou se apropria de dinheiro ou bem público) cerca de 20 pessoas envolvidas no inquérito criminal que apura irregularidades na implantação do projeto Usimar, da extinda Superintendência para Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Entre os possíveis indiciados, está a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, além de diretores da Usimar e funcionários da Sudam.
O responsável pelo caso, delegado Deuselino Valadares, espera concluir o inquérito até o início de maio. Ele não quis adiantar detalhes nesta quarta-feira, dia 17, confirmando apenas que serão em torno de 20 os indiciados.
A instalação da Usimar, indústria de peças automotivas, em São Luiz, capital do Maranhão, nunca saiu do papel, mas teve R$ 44 milhões liberados pela Sudam. Roseana, então governadora do Maranhão, participou da reunião que aprovou o projeto, em dezembro de 1999, mas nega participação nas irregularidades.
Nesta quarta-feira, o empresário Jorge Murad, marido de Roseana e sócio dela na empresa Lunus , não compareceu no depoimento que deveria prestar na Polícia Federal. A data havia sido acertada pelos advogados de defesa de Murad. O seu não comparecimento não foi considerado um ato grave, já que por ser secretário extraordinário de Ciência e Tecnologia do Maranhão, ele possui o privilégio de marcar data e hora para depor.
O depoimento de Jorge Murad é cercado de expectativas. Documentos encontrados na sede da Lunus revelam a sua intensa participação na liberação dos recursos para a Usimar. Os papéis foram apreendidos pela PF, no dia 1º de março, juntamente com R$ 1,34 milhão encontrado em dinheiro no local. A Lunus é suspeita de ter participação no desvio de verbas da Sudam.
A ex-governadora está entre as 20 pessoas que podem ser indiciadas pela PF
Foto:
Cacalos Garratazu
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