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A saída de Roseana Sarney da disputa presidencial não deverá alterar os rumos das investigações que vêm sendo feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento da Lunus, empresa da ex-governadora e de seu marido, Jorge Murad, em desvios de recursos da extinta Sudam. O depoimento de Roseana à PF está mantido para o próximo dia 17, em São Luís.
Responsável pela condução das investigações sobre irregularidades na Sudam em Tocantins e no Maranhão, o chefe da Procuradoria da República em Tocantins, Mário Lúcio de Avelar, espera resolver o mais rápido possível a pendência sobre a análise dos documentos apreendidos no escritório da Lunus, que voltaram a ser lacrados por decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tourinho Neto. Esse material pode ser usado para fazer a conexão da Lunus com o inquérito sobre o projeto Usimar, que teria recebido R$ 44 milhões dos R$ 1,6 bilhão aprovados pelo conselho deliberativo da Sudam para a instalação de uma fábrica de autopeças em São Luís.
A PF e o MP também investigarão nos próximos dias os títulos da dívida do governo do Maranhão negociados à época em que Jorge Murad era o gerente de Planejamento do Estado. Descobriu-se, entre os documentos apreendidos na Lunus, uma carta relatando negociações entre o governo do Maranhão e algumas empresas de factoring (firmas que antecipam o pagamento de cheques pré-datados cobrando uma taxa).
Entre as empresas, duas seriam controladas pelo marido de Roseana, a Credita Factoring e a Fantasy. Segundo a carta, as empresas adquiriam os títulos do governo com deságio de até 60% e, menos de um menos depois, revendiam os precatórios pelo valor integral.
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