| 09/04/2002 00h08min
A ausência do governador Olívio Dutra e as críticas do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, ao Orçamento Participativo (OP) marcaram na noite de segunda-feira, dia 8, a abertura do 15º Fórum da Liberdade, no Teatro do Sesi.
É a primeira vez, nos 15 anos de existência do evento, que um governador não participa da solenidade de abertura. Vaiado nas duas edições anteriores, o governador Olívio Dutra mandou o vice Miguel Rossetto como seu representante na cerimônia de abertura. Perguntado sobre os motivos da ausência de Olívio, Rossetto afirmou que houve "problemas de agenda".
No discurso de abertura, o presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Pedro Chagas, disse que os donos do país são os políticos e seus amigos. Ninguém bateu palmas, houve um silêncio constrangido na mesa composta pelo presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, por Rossetto, pela senadora Emília Fernandes, pelo prefeito de Porto Alegre, João Verle, e pelo presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi (PTB).
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, em conversa com repórteres antes do início do evento, fez uma crítica ao Orçamento Participativo:
– O Orçamento Participativo é uma proposta totalitária com o objetivo de desmoralizar o Legislativo.
Comunicado pela imprensa sobre a observação de Pratini, Rossetto reagiu:
– Se o ministro conhecesse o processo não diria isso. O OP qualifica o Executivo e fortalece as instituições e a democracia.
Último a falar na cerimônia de abertura, o candidato do PSDB à Presidência, senador José Serra (SP), criticou o nível dos discursos dos candidatos durante as campanhas eleitorais. De acordo com o tucano, não é tradicional no Brasil o debate de propostas reais de governo.
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