Passada a prévia o PT entrará numa nova disputa, desta vez para a escolha do candidato a vice-governador. Ao contrário da eleição deste domingo, dia 17, que possibilitará a todos os filiados votar num candidato a governador, a definição do vice se dará pelo voto dos delegados do partido. O encontro estadual está marcado para os dias 22 e 23.

Independentemente de quem vencer a prévia, são grandes as chances de a corrente Democracia Socialista, do atual vice-governador Miguel Rossetto, indicar pela segunda vez um candidato a vice. Criticada pelo poder excessivo que exerce no governo Olívio Dutra, a DS – como é chamada entre os petistas – é o grupo que, isoladamente, tem mais força para impor um candidato. Por isso vai sustentar o nome de Rossetto seja com Olívio Dutra, seja com Tarso Genro candidato a governador. Numa eventual vitória do prefeito, o nome de Rossetto terá menos força, mas a DS terá outros dois para indicar: o do ex-prefeito Raul Pont, que já foi vice de Tarso na prefeitura (1993-1996), e o do prefeito de Caxias do Sul, Pepe Vargas.

Pont atualmente está mais cotado para concorrer à Assembléia Legislativa. A expectativa é de que se torne um puxador de votos entre os candidatos a deputado. Pepe é o que mais agrada ao grupo do prefeito de Porto Alegre. A exemplo de Tarso, porém, terá de deixar a prefeitura de Caxias se for indicado para vice. As correntes que apóiam Tarso são minoria entre os delegados do encontro estadual.

As chances de o PT Amplo – principal sustentáculo da candidatura do prefeito – indicar um vice na hipótese de Olívio sair vencedor são remotas. O vice-prefeito de Santa Maria, Paulo Pimenta, nome mais cotado entre os apoiadores de Tarso, enfrenta resistência por parte das correntes adversárias. A candidatura do deputado estadual Ivar Pavan, da tendência Ação Democrática, poderá ganhar força em caso de impasse e ameaça de ruptura na unidade do partido.