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Num dia de intenso combate em Ramallah e na Faixa de Gaza entre tropas israelenses e palestinos, que deixaram pelo menos 12 mortos, o Departamento de Estado americano pediu nesta quinta-feira, 14 de março, uma "retirada completa" do exército de Israel dos territórios sob controle palestino, considerando que isto "facilitaria enormemente" a tarefa do emissário dos EUA para o Oriente Médio, Anthony Zinni.
O general Zinni chegou a Israel nesta quarta com a difícil missão de pôr fim há mais de 17 meses de violência entre israelenses e palestinos. O enviado americano deve se reunir com o primeiro-ministro Ariel Sharon antes de conversar com o presidente palestino, Yasser Arafat, possivelmente no sábado.
Ele chega à região no momento em que o conflito atinge um pico de violência desde que o levante palestino começou, em setembro de 2000. É a terceira missão do general aposentado à região desde novembro. Duas tentativas anteriores fracassaram em meio à explosão da violência.
Pouco antes de Zinni chegar, Sharon ordenou uma retirada gradual das forças israelenses que ocupam desde segunda-feira a cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia. A decisão de Sharon não conteve a violência em Ramallah. Israelenses e palestinos combateram intensamente nestqa quarta pelas ruas da cidade cisjordana.
Na Faixa de Gaza, militantes palestinos detonaram uma bomba em frente a um tanque que estava num comboio, matando três soldados israelenses e ferindo dois. O grupo Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, o braço armado da facção Fatah, grupo do líder palestino Yasser Arafat, assumiu a responsabilidade pelo atentado.
A ofensiva israelense matou nesta quarta cinco palestinos em Ramallah e dois na Cisjordânia. Em Belém, outros dois palestinos, acusados de colaborarem com Israel, foram mortos a tiros por militantes mascarados. Seus corpos furados por balas foram arrastados em um jipe. Desde o início da Intifada, palestinos de Belém já mataram seis supostos "traidores".
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