Os banhos de imersão programados para o dia seguinte ao jogo contra o Cruzeiro foram suficientes apenas para relaxar a musculatura dos jogadores do Criciúma. A derrota no segundo tempo, após a vitória parcial no primeiro tempo, trouxe frustração para os jogadores, que terão chance de reverter esse sentimento na quinta-feira, quando o Tigre enfrenta o Internacional, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

– Eu não estou bem é da cuca – resumiu o zagueiro Luciano, depois de ser questionado se estava machucado, após a hidroginástica realizada numa academia de Criciúma.

Chateado pelas circunstâncias do jogo, Luciano entende que a liderança do clube mineiro não justifica o resultado obtido.

– Fosse assim, não poderíamos buscar vitórias contra qualquer um dos seis clubes que estão à nossa frente – afirmou.

Um episódio ocorrido no fim da partida, quando uma lata de cerveja vazia foi atirada das arquibancadas em direção ao técnico do Cruzeiro Vanderlei Luxemburgo pode trazer conseqüências negativas para o clube na reta final da competição.

O fato foi relacionado na súmula do jogo através de anexo, e o Criciúma poderá perder o mando de campo das partidas finais, contra Grêmio e Bahia. De acordo com o diretor do departamento jurídico do Criciúma Sandro dos Santos, o episódio deve ir a julgamento em um prazo de duas semanas.

Não é a primeira vez que o Heriberto Hülse apresenta falhas na segurança. Na Copa Sul-Minas, em 2002, objetos foram jogados para o interior do gramado, em partida contra o América-MG, e o Criciúma foi punido com a perda do mando de campo de dois jogos.

Porém, a competição regional foi extinta e a direção conseguiu reverter a punição em multa.

CRISTIANO RIGO DALCIN/DIÁRIO CATARINENSE