A Liga Nacional de Clubes decidiu nesta segunda-feira, 15 de abril, que vai organizar o Campeonato Brasileiro deste ano, queiram ou não a Confederação Brasileria de Futebol (CBF) e as federações estaduais. No encontro realizado em São Paulo, representantes de 52 clubes da primeira e segunda divisões – à exceção do Vasco, que não participou – foram unânimes ao votar pela decisão de enfrentar as entidades nacional e estaduais. A Liga cogita até a possibilidade de desfiliamento e conta com um aliado de peso, a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão do Brasileirão.

A reunião foi uma resposta às federações estaduais que, na semana passada, firmaram documento que determina que a CBF seja a única entidade responsável pela organização e direção do Campeonato Brasileiro. Os dirigentes das entidades estaduais também decidiram não mais cumprir em 2003 o calendário quadrienal, o que põe fim ao pacto firmado no ano passado entre o então ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, João Havelange (ex-presidente da Fifa), Pelé, Clube dos 13 e CBF.

Se não houver acordo e a competição não for reconhecida, nenhum dos clubes da Liga Nacional poderá disputar a Copa Libertadores, já que os times são indicados pela entidade máxima do futebol do país. Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, confirmou que a Liga já foi registrada em cartório, mas que ainda precisa do registro da CBF para que seja legalizada e oficializada.

O Brasileirão deverá começar em agosto, mas pode ter o início retardado porque o Figueirense promete entrar na Justiça para garantir a inclusão na Série A. Além disso, os horários dos jogos são uma incógnita. Como haverá horário político no segundo semestre, e a Globo não abre mão de exibir a novela, os jogos mais importantes do meio de semana terão de ser realizados às 22h30 ou à tarde.