Os dirigentes dos principais times de futebol do Brasil definiram na tarde desta terça, 26 de março, em São Paulo, a formação da Liga Nacional de Clubes. A principal atribuição da Liga será a organização das séries A e B do Campeonato Brasileiro. À CBF caberia apenas o comando da Seleção Brasileira. Não se sabe, porém, se a liga irá decolar. Tudo porque, já na terça-feira, presidentes de federações estaduais encontraram-se para pedir que a CBF reassuma o controle sobre o Brasileirão. A decisão sobre quem comandará o principal torneio nacional deve ficar para o dia 8 de abril.

O modelo inicialmente proposto, com 26 equipes por divisão, foi aprovado. Como no ano passado, os oitos melhores classificados passam à segunda fase e os quatro últimos são rebaixados. A data de início está prevista para 5 de agosto.

A mudança mais significativa é o projeto de fiscalização das contas e das finanças dos clubes. A idéia é dar poder à Liga para auditar as agremiações e desfiliar os integrantes em caso de más administrações. De acordo com o estatuto votado na terça, as propostas precisam da maioria dos votos para sua aprovação. A reunião contou com os representantes de 19 dos principais clubes do Brasil. A única ausência foi do Vasco, que está rompido com o Clube dos 13 e não destacou ninguém ao encontro. Se o clube de Eurico Miranda não se filiar no prazo de 30 dias, corre o risco de ficar sem disputar competições oficias no segundo semestre. Até mesmo o Flamengo, que se desfiliou da entidade no começo do ano, enviou um dirigente para a reunião.

A cidade de São Paulo será sede, e a eleição do presidente acontecerá em 15 dias. Presidentes dos clubes membros da Liga não poderão concorrer ao cargo.