O Grêmio começa a sondar o mercado atrás de um zagueiro. A atuação de Pablo Hernández na quarta contra o Cienciano, pela Libertadores, foi decepcionante. O jogador é uma aposta da direção, mas terá de mostrar ainda muito futebol para conquistar a confiança de dirigentes e comissão técnica. Mauro Galvão, 40 anos, deve abandonar a titularidade pouco a pouco, já que seu desempenho não é mais o mesmo, segundo acreditam alguns no Olímpico. Assim, surge a necessidade de se trazer um zagueiro, especialmente para a disputa da segunda fase do torneio sul-americano.

Uma das opções que surge é o zagueiro Marinho (foto). A direção tricolor já admite perdoar o atleta, que entrou em litígio com o clube no início do ano, durante as tratativas para a renovação de seu contrato. Logo depois, o jogador ingressou com ação na 4ª Vara da Justiça do Trabalho de Porto Alegre, tentando ganhar passe livre. Depois de obter tutela antecipada da Justiça, acertou-se com o Beziktas, de Istambul, em fevereiro.

Menos de um mês depois, deixou o clube, alegando falta de adaptação aos costumes turcos. A partir daí, passou a treinar sozinho em Campinas. Dia 12 de março, a Justiça do Trabalho decidiu que Marinho poderia voltar a atuar, sem a necessidade de depositar a caução de R$ 5,4 milhoes exigida pelo Grêmio. Ainda em território peruano, o diretor-executivo, Dênis Abrahão, deu a entender que a negociação será iniciada em breve.

Não foi a primeira vez na qual Marinho se afastou do Grêmio. No dia 26 de março de 2001, após uma série de falhas cometidas na Sul-Minas, ele foi sacado do grupo. Passadas três semanas, o clube decidiu reintegrar o zagueiro. Depois da má fase, ele terminaria o primeiro semestre do ano como um dos destaques da equipe, principalmente na Copa do Brasil, competição na qual participou da conquista.