A Educação Precisa de Respostas | 01/07/2013 20h54min
Mais um manifesto está programado para ocorrer na Praça da Bandeira, no Centro de Joinville. Desta vez, o pedido será bem específico: melhorias na educação. A União Joinvilense dos Estudantes (Ujes) está convocando os alunos da rede pública para participarem do protesto no dia 17 de julho, uma quarta-feira, às 9h30.
Entre os pedidos está a reforma das escolas estaduais que estão interditadas. No final do ano passado, nove colégios foram interditados pela Vigilância Sanitária. Cinco deles continuam fechados. Os alunos foram transferidos para locais provisórios.
Cartazes contra a possível federalização da Escola Estadual Conselheiro Mafra - a mais antiga em funcionamento de Joinville, com 102 anos - também poderão ser encontrados.
Os alunos estão dispostos a reagir contra a ideia inicial da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) em disponibilizar o prédio histórico para o Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC).
Reunião com o secretário de Educação
Na semana passada, membros da Ujes se reuniram com o secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps. Eles esperaram dois meses pelo encontro que ocorreu em Florianópolis.
O grupo tratou sobre 12 reivindicações, entre elas a reforma das escolas, melhoria no salário dos professores e a criação de um programa de manutenção preventiva.
Nem todas as respostas agradaram aos estudantes. A reforma da Conselheiro e a construção de coberturas de quadras de esportes, por exemplo, ainda não têm previsão para começarem. Assim como não há previsão para obras e melhorias nas instalações elétricas das escolas estaduais.
As reformas nas escolas Annes Gualberto iniciaram nesta segunda-feira. As melhorias na Maria Amin Ghanem já estão em fase de acabamento.
"A internet é um dos únicos itens com prazo determinado. A informação passada foi de que o término do contrato com a empresa será em agosto deste ano. A probabilidade é que em setembro a velocidade de conexão seja aumentada, não só para educação, mas para todos os outros setores do estado", informou a nota oficial da Ujes.
Os pedidos da Ujes
1. Fim da interferência das direções escolares, e dos governos em geral, no funcionamento das entidades estudantis. Garantia de liberdade de organização, expressão e mobilização, de acordo com o que diz a Constituição de 1988 em seu artigo 5°, o ECA nos artigos 15 e 16, a lei federal n° 7.398/85, e a lei estadual n°12.731/03.
2. Início imediato das reformas das escolas total ou parcialmente interditadas.
3. Atualização da rede elétrica, para o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado.
4. Construção de quadras cobertas com piso adequado, em todas as escolas.
5. Bibliotecas adequadas, compra de livros e concurso público para bibliotecário.
6. Laboratórios e material para aulas práticas de ciências.
7. Laboratórios de informática, aumento da velocidade de conexão da internet.
8. Diminuição do número de alunos por sala.
9. Pagamento do piso salarial aos professores, 33% de hora atividade, concurso público anual.
10. Garantia de transporte gratuito para os estudantes irem a escola.
11. Construção de novas escolas de ensino médio, nos bairros Parque Guarani, Morro do Meio, Vila Nova, Aventureiro e Espinheiros.
12. Programa de manutenção preventiva permanente nas escolas da rede estadual.
Conselheiro Mafra é uma das escolas estaduais que continua parcialmente interditada
Foto:
Salmo Duarte
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