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 | 01/07/2013 08h05min

Escola Conselheiro Mafra pode deixar de ser do Estado

Pais, alunos e professores se reúnem para discutir a possibilidade de transferência do prédio da escola, que precisa de reforma e restauro, para o IFSC

Caroline Stinghen  |  caroline.stinghen@an.com.br

As especulações de que as portas da Escola Estadual Conselheiro Mafra – a mais antiga em funcionamento de Joinville, com 102 anos de idade – fechariam são recorrentes. A cada nova informação, pais, alunos e professores ficam temerosos.

Eles já brigaram pela escola, tanto que conseguiram transformar o prédio da instituição em Patrimônio Público e Histórico. Uma nova conversa que surgiu na semana passada os deixou mais uma vez em alerta, e prontos para entrar em uma briga em favor da escola.

A possibilidade de uma parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foi confirmada pela Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville. A instituição pode assumir o prédio da Conselheiro para a abertura de uma nova escola técnica de ensino superior no Centro.

Para avaliar o destino da escola, pais, direção, alunos e representantes da Associação de Pais e Professores (APP) irão se reunir no começo da noite de hoje, às 18 horas, no auditório da Conselheiro, no prédio mais novo da escola – que não está interditado.

Um bilhetinho que dizia “Povo sem memória não terá história” foi distribuído para todos os alunos, como aviso para a reunião desta segunda. Eles irão discutir o que pode ser feito para salvar a Conselheiro.

— Os alunos me ligaram desesperados, dizendo que a escola iria fechar, que vão federalizar o imóvel. Se depender de mim, isto não vai acontecer. Queremos a restauração e a reforma —, avisou o presidente da APP, Gilberto Gomes de Freitas.

Os alunos, principalmente os que pertencem ao grêmio estudantil, prometem até manifestações, caso a especulação se concretize.

— Nos sentimos responsabilizados em preservar o patrimônio histórico que é a Conselheiro Mafra. As pessoas, há poucos anos atrás, queriam estudar aqui. Queriam colocar seus filhos na Conselheiro. Os professores eram os mais reconhecidos. Não podemos deixar isso acabar —, afirmou a presidente do grêmio, Stefany Rebello Aguiar.

Até a coordenação regional do Sinte-SC ficou sabendo da possibilidade e já se adiantou em protocolar um pedido de reunião com a SDR e gerência regional de educação.

— Ficamos sabendo que o próprio secretário de Educação, Eduardo Deschamps, teria dito que não tinha expectativas para a reforma da Conselheiro. Queremos saber da posição oficial sobre essa possível federalização —, disse a coordenadora da Regional Norte do Sinte, Clarice Erhardt.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Regional, Simone Schramm, há dez salas ociosas na Governador Celso Ramos, na área central, e o número de alunos da Conselheiro diminuiu de 650 para 480 neste ano.

— A procura por escolas na região central apresentou uma queda. Precisamos priorizar reformas em escolas dos bairros. Hoje não temos dinheiro para recuperar duas escolas centrais —, explicou a secretária.

Ainda de acordo com Simone, o IFSC procurou o governo para solicitar um prédio público no Centro.

— Devemos ficar orgulhosos de que existe a chance de aumentar as vagas de ensino técnico nesta região.

LEIA MAIS:

Interdição e pedido de reforma 

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Por que ficou assim?

A NOTÍCIA
Maiara Bersch / Agencia RBS

Alunos integrantes do grêmio estudantil lideram um movimento pela manutenção e reforma da escola
Foto:  Maiara Bersch  /  Agencia RBS


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