| 20/06/2013 14h51min
As estradas do Meio-Oeste catarinense, ora acompanhada por pomares, ora serpenteando as encostas de vales, conduz o viajante por refúgios relaxantes de águas termais a 38ºC ao ar livre. Para quem frequenta esses balneários, a fonte da juventude deixou de ser lenda. Ela foi descoberta por acaso em uma pequena cidade escondida entre morros da região, que também guarda o trabalho de homens dedicados a preservar parte da história local.
Corria a início da década de 1960, quando moradores de Piratuba encontram um líquido escuro escorrendo de um morro. Na esperança de ser petróleo, a Petrobrás perfurou o local em 1964, mas abandonou os trabalhos tempos depois. A decepção dos pesquisadores veio em forma de água sulfurosa, saindo a 38ºC do buraco e com pressão para levantar jatos a 30 metros de altura.
Atualmente, o mesmo buraco abastece mais de 20 piscinas termais, hidromassagens, banheiras individuais e chuveiros no parque termal da cidade, que recebe cerca de 400 mil pessoas por ano, número 100 vezes maior que a população local. Muitos buscam essas estâncias termais por questões terapêuticas e relaxantes, principalmente, para a pele. Mas também há piscinas de temperaturas mais amenas, com toboágua e rampa de deslizamento, perfeitas para jovens e crianças.
São mais de 20 opções de banho no parque de Piratuba
Essa fonte da juventude transformou a cidade em passarela ao ar livre num desfile de cores. Porém, a tendência nas ruas é sempre a mesma em todas as temporadas: os roupões. Por causa da proximidade entre o parque termal e os hotéis, os turistas, despreocupados em trajes de banho, já saem prontos para cair nas águas quentes. Prédios em arquitetura enxaimel, destacando a influência germânica, completam o mosaico sarapintado do Centro da cidade. Ali, no meio do vai e vem de visitantes, há aqueles que conhecem o local pela primeira vez.
— Surpreendeu-me positivamente. Muito bom para relaxar, ficar em sossego. A estrutura dos hotéis é ótima, e a água fez até bem para a minha pele — destacou a auxiliar administrativa Isolde Marquardt, 49.
E há aqueles que frequentam o balneário há décadas.
— Sou de uma cidade grande de São Paulo. Por isso, quando quero descansar, venho para Piratuba para sentir esse clima de campo, com muito verde em volta. Além disso, como muito bem, porque os hotéis oferecem comidas caseiras e cafés coloniais — ressaltou Hilberto Bischoff, 77, que mora em Jundiaí (SP) e frequenta a cidade há 20 anos.
A estadia em Piratuba não se resume às piscinas. É possível conhecer a história da região, viajando numa maria-fumaça centenária até o Rio Grande do Sul, ou percorrendo a Rota do Engenho, que leva o turista para conhecer as comunidades rurais e o parque ecológico Três Pinheiros.
Lugar para ficar também não é problema em Piratuba. A cidade dispõe de uma das melhores redes de hospedagem da região. São cerca de 2,3 mil leitos em 12 hotéis, além de área de camping, pousadas e casas e apartamentos com aluguéis de veraneio. A diária para casal nos hotéis variam de R$ 200 a R$ 450 no inverno, incluindo café, almoço e jantar. Também disponibilizam tratamentos faciais, antiestresse, massagens, spa de pés e mãos e eventos ao decorrer do ano.
Serviço:
www.piratuba.com.br
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