A proposta era a seguinte: entrevistar uma pessoa de sua comunidade – foi liberada a entrevista com familiares – , falar sobre a vida ou sobre um fato marcante que o personagem vivenciou e escrever sobre ele, do mesmo jeito que um repórter do "A Notícia" faria para uma matéria do espaço "Caras de Joinville", publicado às sextas-feiras.

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Os alunos do 9º ano da Escola Municipal Pastor Hans Müller, do bairro Glória, em Joinville, foram pegos de surpresa com o desafio. Mesmo com olhos arregalados, aceitaram o desafio e se superaram. Belos textos surgiram. Histórias que, agora, serão divididas com milhares de leitores. Os cerca de 30 estudantes tiveram seis dias para desenvolver um "Caras".

Neste período, eles precisaram procurar um personagem – a maioria optou por conversar com parentes – entrevistá-los e detalhar todas as informações no famoso bloquinho. Ainda como dever de casa, eles escreveram o texto no papel.

O grupo aproveitou o feriado de Páscoa para realizar a atividade. Já na escola, durante duas aulas na sala de informática, eles passaram o texto do perfil do personagem escolhido para o computador. Do mesmo jeitinho que um jornalista faz.

A equipe do "AN" acompanhou a produção dos textos e colaborou com alguns pitacos. Pontos como um título chamativo para o texto, que pode se transformar em uma manchete no jornal impresso, foram cobrados.

As professoras Deize Carla Morani, Lilian Terezinha Pohl da Silva e Nádia Nair da Costa Peres ajudaram nas orientações. Cada vírgula, acentuação e tempo verbal foram analisados e explicados. Muitos ainda escreveram o texto em primeira pessoa. Precisaram passar para a terceira.

Mesmo com algumas dificuldades, principalmente no chamado lead – o parágrafo mais importante do texto jornalístico, aquele que resume a notícia – os alunos fizeram bonito. Eles estavam inspirados.

— A atividade foi interessante. Nossos alunos conhecem os textos jornalísticos, como crônicas e artigos. Eles sabem diferenciar um do outro— comentou a professora de português Lilian Terezinha.

Foi possível, ainda, perceber a satisfação nos olhos de alguns estudantes.

— Meu pai sugeriu entrevistar meu avô, que trabalhou na construção de Brasília. E foi muito legal. Além de ele ter ficado feliz em conversar comigo, descobri coisas sobre o meu avô que não sabia — contou a aluna Amanda Luíza dos Passos, 14 anos.

— Foi muito legal entrevistar e escrever. Tivemos a noção de como é o trabalho de um jornalista — complementou a colega Ana Paula Núñez, de 13 anos.

Será ainda mais legal ler o texto pronto no site do jornal "A Notícia", Ana Paula.