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 | 01/02/2013 21h

11 suspeitos de ataques foram detidos em todo o Estado

Pelo menos sete acusados seriam menores de idade

Atualizada às 23h59min

As policias civil e militar detiveram, desde a noite de quinta-feira, pelo menos 11 suspeitos de envolvimento com os atentados a ônibus e a unidades de polícia no Estado. Sete entre os acusados seriam menores de idade

Ainda na noite de quinta-feira, a polícia militar prendeu um homem de 23 anos e apreendeu um adolescente de 17 anos, após o ataque a um ônibus no Bairro João Paulo, em Florianópolis. Os dois foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil. De acordo com o Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Coronel Araújo Gomes, os dois estavam em uma moto e com roupas semelhantes as descritas por populares e vítimas.

A Polícia Civil de Itajaí prendeu na tarde desta sexta-feira dois suspeitos de terem ateado fogo a uma viatura da Coordenadoria de Trânsito de Itajaí na noite de quarta-feira. Um dos suspeitos já teria confessado a participação no crime. Os acusados podem estar envolvidos também no atentado contra um veículo que estava estacionado em uma revenda, na madrugada de sexta.

O maior números de detenções ocorreu no interior de Camboriú, nesta tarde. Sete pessoas foram presas, suspeitas de participação nos ataques. Com eles foi encontrado um galão de 10 litros de gasolina, parcialmente cheio, além de duas armas. Todos são homens e foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil de Camboriú.

Relembre os ataques mais recentes:

Os ataques recomeçaram às 22h de quarta-feira, em Balneário Camboriú, também com um ônibus como alvo. Dois homens armados renderam o motorista, na Rua Dom Henrique, e atearam fogo ao veículo. Os bandidos usavam máscaras do filme Pânico. Um suspeito foi baleado, mas fugiu. O outro foi preso.

Uma hora depois e um ônibus da empresa Rodovel foi incendiado no Bairro Bela Vista, em Gaspar. Vinte minutos depois, no Bairro Figueira, outro veículo foi alvo dos criminosos.

Quase no mesmo horário, em Itajaí, um bar e mercearia localizado no Bairro Cordeiros, em Itajaí, também pode ter sido alvo. De acordo com testemunhas, garotos de bicicleta passaram pelo local na noite de quarta-feira, jogaram garrafas pet com gasolina e depois atearam fogo.

Confira o mapa das ações criminosas desde quarta-feira:


Visualizar Atentados em SC - 2013 em um mapa maior

Ainda em Itajaí, uma viatura da Coordenadoria de Trânsito da prefeitura foi incendiado por volta de 1h30min. O veículo estava no pátio da Secretaria Municipal de Segurança, na Rua Blumenau, quando alguém passou de carro e jogou um coquetel molotov.

Segunda noite de ataques

A delegacia de Camboriú foi atacada e o local isolado depois que uma granada caseira, feita com cano de PVC, foi arremessada. O objeto, que não chegou a explodir, foi encontrado em frente ao muro da delegacia. O fato ocorreu por volta das 23h30.

Cerca de uma hora antes, o incêndio criminoso de um ônibus no Bairro João Paulo, às 22h30min de quinta-feira colocou Florianópolis no cenário da retomada dos atentados terroristas em Santa Catarina. Dois rapazes fugiram em uma moto. Suspeitos de terem participado do crime foram detidos ainda durante a madrugada pela PM. Um deles tinha 23 anos e o outro era um menor, de 17 anos.

::: Confira a galeria de fotos dos atentados em Santa Catarina

Passava das 23h30 quando dois ônibus foram atacados em Palhoça. Um deles era da APAE de Balneário Camboriú que aguardava adesivagem e teve os pneus queimados. O outro, um veículo de turismo, foi queimado próximo a garagem da empresa Jotur.

No Norte da Ilha, dois ônibus da empresa Canasvieiras também foram incendiados por volta de 23h40min. Um atentado aconteceu na estrada Dário Manoel Cardoso, na praia dos Ingleses _ onde um rapaz sofreu queimaduras de segundo grau _ e outro foi na Rodovia João Gualberto Soares, na localidade do Canto do Lamim. O rapaz de 19 anos foi levado para o Hospital Celso Ramos em estado grave.

A madrugada de ataques terminou por volta das 5h quando uma base da Polícia Militar, em Canasvieiras, foi incendiada. De acordo com testemunhas, quatro rapazes teriam praticado o crime.

Órgãos de Segurança Pública passaram a sexta-feira em reuniões para tentar controlar a nova onda de atentados. As empresas de ônibus reduziram algumas linhas.

Transferências de líderes da facção pode estar por trás da série de ataques. O Comando Geral da Polícia Militar nega qualquer relação com ocorrido em novembro de 2012 ou com o PGC.

Clima de tensão na Capital

Independente dos autores da ação, a noite de quinta-feira fez os moradores de Florianópolis reviverem o clima instaurado na cidade durante os ataques de novembro do ano passado, quando o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) comandou uma série de atentados por três dias em represália à linha-dura da direção da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

Pela Avenida Beira-Mar Norte, a principal da Capital, veículos com sirene aberta passavam de um lado a outro, a toda velocidade, com giroflex acionados. O voo do helicóptero por sobre os prédios também compunha o cenário que confirmava o reinício da onda de ataques do crime organizado.



Uma das barreiras foi montada
na Avenida Mauro Ramos
Foto: Cristiano Estrela/Agência RBS

Em pelo menos quatro pontos da cidade havia fiscalização militar na Capital na madrugada de sexta-feira. Embora não admitam que é uma estrategia para responder mais rapidamente a atentados em Florianópolis, os policiais militares realizaram, na noite desta quinta-feira, quatro barreiras na cidade, na ponte Pedro Ivo Campos, na Prainha, no bairro Agronômica e na Avenida Mauro Ramos.

No terminal da Trindade, o acesso e a saída de ônibus foram interrompidos quase no mesmo horário, sem explicação aos passageiros. 

Prisões

Até a tarde desta sexta-feira, pelo menos oito pessoas foram detidas, suspeitas de envolvimento nos ataques. Destes, sete são menores de idade. No celular de um dos presos foi encontrada uma mensagem que autorizava os atentados.

Transporte público

Em uma reunião nesta tarde, Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis) e Polícia Militar decidiram que, por medida de segurança, os ônibus devem circular normalmente até às 19h30 desta sexta-feira. Depois deste horário, apenas algumas linhas vão cumprir seus itinerários com escolta policial. No sábado e no domingo o esquema continua e os ônibus devem circular até às 21h.

DIÁRIO CATARINENSE

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