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Educação Básica  | 03/09/2012 21h46min

Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Florianópolis diz que demissão de professor foi tendenciosa

Sintrasen acredita que secretaria agiu sob pressão da mídia no caso de Aloisio José Battisti, criticado na página do Facebook da aluna Isadora Faber

Gabriela Rovai  |  gabriela.rovai@diario.com.br

O acesso à avaliação do professor de matemática Aloisio José Battisti, criticado no Diário de Classe, no Facebook, foi negado pela Secretaria de Educação, mas o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Florianópolis (Sintrasen) revelou ao DC o conteúdo do documento.

Segundo o Sintrasen, entre os itens avaliados como assiduidade, competência no domínio de conteúdo e planejamento, entre outros, o único questionamento efetivo é sobre o controle da turma, o que para o Sintrasen não é o suficiente para demitir o profissional. O restante da avaliação foi positiva, assim como a mesma avaliação aplicada em 2011, segundo o Sintrasen.

— A avaliação é tendenciosa e acreditamos que a Secretaria agiu sob pressão dos fatos midiáticos para dar uma resposta à sociedade. É uma lástima desqualificar o trabalho de um profissional sério — observou o diretor do Departamento de Educação do Sintrasen, Alex Sandro Batista dos Santos.

Segundo ele, o professor Battisti em sua defesa contra-argumenta todas as acusações e reconhece que tem problema de dicção e que está fazendo fonoaudiologia.

— Ele está tentando corrigir o problema, o que demonstra seu comprometimento com o trabalho — disse dos Santos.

O diretor do Sintrasen vai encaminhar hoje seu parecer à assessoria jurídica do sindicato, que na quinta-feira deve apresentar à Battisti as possibilidades jurídicas que o professor terá, caso queira entrar com ação contra a prefeitura. O Sintrasen informou que o professor não quer falar com a imprensa. Battisti não retornou às ligações da reportagem.

A assessoria de imprensa da Secretaria reafirmou que entre os motivos pela demissão estão a dificuldade de colocar em prática o plano de ensino e falta de interação com os alunos.

Professor de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Sérgio Eduardo Michelin orientou o professor Battisti em seu trabalho de conclusão de curso, na UFSC.

— Foi um bom aluno, dedicado, esforçado, honesto, me parecia recatado e nunca se intimidou quando propunha desafios. Ele se expressava bem e era educado. Nunca tive problemas com ele. Seria um profissional excelente em qualquer área—observou Michelin.

A nova professora de matemática de Isadora Faber começa a dar aula hoje, às 8h. Sandra Regina leciona há 25 anos, é efetiva da rede municipal e atua com formação de professores.

DIÁRIO CATARINENSE

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