| 18/07/2012 16h06min
A reitoria da UFSC garantiu que as formaturas dos estudantes vão ocorrer mesmo com as atividades paralisadas pela greve nacional. Entretanto, as cerimônias devem sofrer alterações. Em nota, a reitoria afirmou que "as mudanças no cerimonial fizeram parte do processo de negociação com os servidores em greve e possibilitaram a realização das solenidades, seguindo o calendário inicialmente previsto. (...) Assim, foi assegurada a realização das cerimônias — gratuitas — no Centro de Eventos da Universidade". O calendário de formaturas começa nesta quarta-feira.
De acordo com a reitoria, todo o processo anterior à cerimônia de colação de grau, como a digitalização de notas e impressão de diplomas, também teve de ser negociado com os servidores em greve. Até setembro, são 29 cerimônias confirmadas.
Estudantes da UFSC organizaram na internet uma petição pública pedindo pela execução completa do cerimonial nas formaturas durante a paralisação dos servidores federais. O documento tem mais de 2,2 mil assinaturas e pede que o sub-comando de greve do Centro de Eventos e o comando de Greve da universidade revejam a proposta e não sejam excluídos do cerimonial os discursos do orador, do paraninfo, de homenageados da turma, do diretor da Unidade Universitária e do reitor.
No pedido por assinaturas, os formandos afirmam: "entendemos que a greve é legítima, mas quando ela acabar, aos poucos tudo voltará ao normal, mas esse dia, que é pra ser tão especial em nossas vidas nunca voltará".
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc), Celso Ramos Martins, o comando local de greve deve levar o assunto à assembleia dos servidores, programada para terça-feira. Houve uma reunião entre a reitoria, comando de greve e os trabalhadores do Centro de Eventos sobre as formaturas, mas é necessário a avaliação dos servidores em assembleia para que uma decisão seja tomada.
Reitores se reuniram com ministro da Educação
Nesta terça-feira, a reitora da UFSC, Roselane Neckel, participou de uma reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
A reitora levou demandas dos servidores em greve ao encontro. A proposta de carreira apresentada aos professores federais pelo governo também foi discutida. Entre as decisões, foi deliberada a criação de uma comissão com reitores de universidades federais para tratar sobre aspectos acadêmicos da greve.
No dia 11 de julho, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aderiram à mobilização nacional e paralisaram as atividades. Antes disso, no dia 11 de junho, os servidores técnico-administrativos já haviam entrado em greve.
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