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 | 28/05/2012 10h02min

Em dia de greve nos ônibus, transporte alternativo opera sem identificar o preço da passagem em Florianópolis

Secretaria de Transportes afirma que está sendo desrespeitada uma regra

Danilo Duarte  |  danilo.duarte@diario.com.br

A segunda-feira complicada no transporte coletivo de Florianópolis está repleta de problemas: a falta de vans e a paralisação total — desrespeitando a legislação que determina percentual mínimo — está acompanhada do descumprimento a uma regra colocada pela Prefeitura: os preços das passagens de vans não está afixado nos veículos.

A passagem de van ou ônibus autorizados a circular como transporte alternativo custa entre R$ 4 e R$ 5, mas estes valores não estão claros para o usuário, o que é um desrespeito ao usuário, como reconhece João Batista Nunes, secretário municipal de Transportes e Terminais da Capital.

— Este foi um acordo feito com a categoria que precisa ser cumprido. Vamos determinar que a fiscalização da secretaria observe isto.

O valor de R$ 4 é válido para as rotas mais próximas ao Centro de Florianópolis e a tarifa de R$ 5 é praticada para as áreas distritais.

>>> GALERIA DE FOTOS: greve nos ônibus provoca transtornos para passageiros na Grande Florianópolis

Problemas no trânsito:

 
Via Expressa ficou totalmente congestionada
Foto: Charles Guerra / Agência RBS

A greve nos ônibus agravou os congestionamentos entre o Continente e a Ilha. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), além da via expressa, a BR-101 também teve lentidão. As filas foram registradas nos dois sentidos. Afetou trechos de Palhoça e de Biguaçu, ambos na direção de São José.

Na Ilha, vias como a Beira-Mar e a SC-401 também registraram lentidão maior na comparação com dias sem greve no transporte coletivo.

Próximo ao terminal da Lagoa da Conceição, a fila em direção a região central da cidade estava maior do que o registrado normalmente. A lentidão no tráfego exigiu ainda mais paciência de quem precisava chegar ao Centro.

 
Foto: Guto Kuerten / Agência RBS

>>> Em GALERIA, veja fotos dos congestionamentos em Florianópolis

Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:

:: Serviço de Transporte Especial

Funcionamento:

-- Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.

-- A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.

-- Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.

:: Regiões atendidas

- Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.

:: Percurso

- Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.

:: Preço da passagem

- R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.

- R$ 5 para as outras regiões.

:: Horário de circulação

- Das 5h às 20h.

- Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.

Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina



Sobre a greve:

Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.

O encontro deste domingo — em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores — foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.

Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.

O que querem os trabalhadores

:::
Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.
::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.

O que diz o Setuf

:::
A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.

::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.

Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:
Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior

DIÁRIO CATARINENSE

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