| 28/05/2012 05h42min
Quem precisa usar o transporte coletivo na manhã desta segunda-feira na Grande Florianópolis deve ficar atento. Com a greve de motoristas e cobradores, os ônibus não estão circulando. As empresas devem trabalhar com apenas 30% do efetivo hoje. A decisão pela paralisação ocorreu durante a semana passada. A confirmação da greve saiu na noite deste domingo em assembleia da categoria.
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Por volta das 3h20min, grevistas já faziam vigília na garagem da Transporte Coletivo Estrela, no bairro Capoeiras, em Florianópolis. O objetivo é conscientizar os colegas sobre a paralisação. A empresa normalmente libera 16 linhas nas primeiras horas da manhã. Até as 5h30min, seis motoristas que pretendiam colocar os ônibus em circulação eram impedidos de deixar o local. A ação ocorre de forma pacífica.
Veja as linhas que não foram liberadas na garagem da Estrela:
- Forquilhinha / via Avenida Governador Ivo Silveira
- Forquilhas / Linha Capoeiras
- Linha Abraão
- Linha Monte Cristo
- Linha Serraria / Forquilhinha
Ônibus ficaram parados na garagem da Estrela
Foto: Charles Guerra / Agência RBS
Na Transol, nenhum ônibus havia sido liberado até às 5h30min. A empresa faz linhas nas regiões Leste, Central e Norte da Ilha.
Foto: Guto Kuerten / Agência RBS
Já na garagem da Emflotur Transportes Coletivos e da Biguaçu Transportes Coletivos, todas as linhas que fazem o horário da manhã deveriam ter partido até as 6h20min.
Foto: Charles Guerra / Agência RBS
Segundo um fiscal que estava no local, cerca de 40 funcionários chegaram para trabalhar no turno, mas foram orientados por grevistas sobre a paralisação da categoria. Alguns sequer conseguiram descer dos carros. As linhas das duas empresas cobrem cerca de 100 bairros da Grande Florianópolis, em cidades como Biguaçu e São José.
Na área continental da Capital, diversas pessoas aguardavam pelo transporte coletivo na Rua Liberato Bittencourt, que leva do Estreito para a Ilha. Às 6h20min, os relatos eram de que passageiros estavam há mais de 30 minutos sem avistar sequer um ônibus. Neste período, duas vans particulares cruzaram pelo trecho.
Não eram veículos da prefeitura. No transporte alternativo privado, o valor cobrado para levar as pessoas até o Centro era de R$ 5.
Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:
:: Serviço de Transporte Especial
Funcionamento:
-- Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.
-- A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.
-- Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.
:: Regiões atendidas
- Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.
:: Percurso
- Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.
:: Preço da passagem
- R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.
- R$ 5 para as outras regiões.
:: Horário de circulação
- Das 5h às 20h.
- Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.
Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina
Sobre a greve:
Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.
O encontro deste domingo — em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores — foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.
Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.
O que querem os trabalhadores
::: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.
::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.
O que diz o Setuf
::: A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.
::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.
Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:
Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior
Ônibus ficaram parados nas primeiras horas da manhã na garagem da empresa Estrela, na Capital
Foto:
Charles Guerra
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