No encontro desta tarde, em que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) propôs um modelo de tabela para a descompactação da carreira dos professores e que garanta o reajuste de 22%, o governo, por meio do coordenador executivo de Negociações e Relações Funcionais, Décio Augusto Vargas, se comprometeu a estudar a viabilidade econômica dessa reestruturação e a promover uma nova mesa de negociações na sexta-feira, dessa vez na presença do Secretário da educação, Eduardo Deschamps e de toda a executiva da Sinte. 

— Na sexta-feira haverá uma nova reunião, às 10h30min, com o Décio e o secretário de educação, para ele apresentar os cálculos feitos em cima da nossa tabela, que serão levados ao grupo gestor do governo e ao governador no fim de semana. Eles se comprometeram a nos apresentar uma proposta definitiva na segunda-feira. E é isso que nós queremos que aconteça — afirmou Alvete Bedin, coordenadora do Sinte.

Vargas explicou que a proposta ainda não será apresentada na sexta-feira, pois é preciso de mais tempo para analisar o modelo criado pelo Sinte. O coordenador acredita que a reunião desta quarta-feira representou avanços nos estudos para a criação de uma nova estrutura de carreira, que reduza o impacto negativo do piso nacional na sua evolução. 

— Precisamos de mais uns dias de trabalho interno para estudar a viabilidade financeira. Existe uma grande disposição do Sinte e do governo para chegar a um entendimento, mas é preciso analisar a questão financeira — relatou Vargas.

Embora os dois lados se mostrem positivos, o decreto de greve dos professores, definido em assembleia, está mantido. 

— Caso não venha essa proposta, a greve já está decretada e começa no dia 17 de abril _ sinalizou Alvete.