| 24/01/2012 09h51min
A Vigilância Sanitária iniciou na segunda-feira uma vistoria pelas escolas de Joinville e, para surpresa da fiscal Lia Abreu, as escolas estaduais interditadas no fim de 2011 ainda não começaram a passar por reformas.
Segundo ela, pelo menos cinco das visitadas, não poderão receber os alunos a partir de 14 de fevereiro, quando está previsto o início do ano letivo na rede.
— Eles tiveram as férias para providenciar os reparos e não vou aceitar justificativas—, avisa.
Três destas unidades foram totalmente interditadas em dezembro, devido a problemas de infiltração, falta de instalações elétricas e esgotamento sanitário adequados. É o caso da escola Francisco Eberhardt, em Pirabeiraba, que foi lacrada duas vezes em 2011.
— Depois que interditamos em maio, a escola só foi reaberta graças aos pais, que custearam a reforma, porque o Estado mesmo não fez nada—, diz a fiscal.
Mas a reforma paliativa não foi suficiente para sustentar a situação da escola, onde os banheiros entopem constantemente.
— A fossa-filtro é muito pequena para o atual número de alunos da escola (cerca de 320)—, explica Lia.
Entre as escolas totalmente interditadas estão também a Monsenhor Sebastião Scarzello, no Itaum, e a Maria Amin Ghanem, no Aventureiro. Nestas, o principal problema são as goteiras, que comprometem o forro e as instalações elétricas.
— As luminárias estão enferrujadas e quando chove a água escorre pela fiação elétrica, podendo causar curtos-circuitos—, alerta.
Na escola Maria Amin Ghanem as infiltrações atingiram também o piso de madeira. Os tacos que apodreceram foram retirados e substituídos por cimento.
— Não passa de mais uma maquiagem para reabrir a escola sem realizar as obras necessárias—, acrescenta a fiscal.
Já a Giovani Pasqualini Faraco, no Santo Antônio, teve os banheiros interditados, e na Plácido Olímpio de Oliveira, no Bom Retiro, os sanitários e a cozinha precisam passar por reparos.
— Não vou permitir que as aulas iniciem nessas escolas antes que o governo do Estado tome providência—, diz.
Na Plácido Olímpio de Oliveira, os móveis novos para o refeitório até já chegaram.
— Mas de que adianta se o teto tem cupim e esses farelinhos podem cair na comida.
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Na escola Maria Amin Ghanem as infiltrações atingiram o piso de madeira nas salas de aulas
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