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O presidente da General Motors do Brasil, Walter Wieland, viaja nesta quarta, dia 14, para os Estados Unidos para levar a proposta de implantação de uma nova unidade industrial da montadora no Rio Grande do Sul. Após dois dias de reuniões entre a direção da empresa e o governo gaúcho, as duas partes fecharam um acordo nesta terça, mas as condições oferecidas pelo Piratini não foram divulgadas. O Brasil entra na disputa pelo empreendimento com China e México. Os executivos da GM Corporation começam a definir qual das três ofertas é mais vantajosa para a empresa a partir da próxima semana.
A General Motors do Brasil estima investimentos de US$ 210 milhões a US$ 240 milhões na nova unidade, que fabricará cerca de 100 mil plataformas para um novo modelo de automóvel a partir de junho de 2005. O projeto quase dobraria a produção da unidade já implantada em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
Em 1997, o governo então liderado por Antônio Brito, financiou a primeira fábrica com R$ 250 milhões. Estava previsto desde aquela época que as isenções fiscais seriam maiores e que o governo se encarregaria de toda a infra-estrutura de apoio à nova unidade.
O governo de Germano Rigotto nega que vá ceder qualquer financiamento para a montagem da nova fábrica. Mas na segunda reunião neste ano, em 29 de abril, um executivo da montadora disse à agência de notícias Reuters que o acordo não havia saído até então porque seria preciso uma contrapartida maior do Estado.
– O acordo está fechado – disse o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Luiz Roberto Ponte, nesta terça.
– Pode dizer que o governador Germano Rigotto vai inaugurar a nova fábrica – afirmou o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto.
Nenhum dos dois quis dar detalhes do acordo.
– É questão estratégica – justificou Pinheiro Neto.
O novo modelo de automóvel é mantido em segredo. A plataforma, porém, tem sinergia com a do Celta fabricado no Rio Grande do Sul. Esta seria a principal vantagem da proposta da GM do Brasil.
– Metade da produção seria para consumo interno e metade para exportação – disse Pinheiro Netto.
A proposta da China, de acordo com Pinheiro Netto, teria a vantagem de ter um mercado consumidor capaz de absorver totalmente o novo modelo. Já o México levaria a disputa pela competitividade nas exportações.
As informações são da agência Reuters.
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