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Se depender do governo gaúcho, será concluída hoje a negociação com a General Motors (GM) sobre os incentivos do Estado para ampliação da unidade da montadora situada em Gravataí. A confirmação do investimento, que poderá ficar entre US$ 210 milhões e US$ 240 milhões, ainda dependerá do aval da direção mundial da GM, cuja sede é em Detroit (EUA).
Além da subsidiária brasileira, as unidades do México e da China disputam a implantação do projeto, que prevê a produção de um novo modelo a ser lançado em 2005.
Os executivos da montadora se reunirão com representantes do governo estadual às 11h desta terça, dia 22, na Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai). O secretário Luis Roberto Ponte disse nessa segunda, dia 21, estar esperançoso de que a proposta seja fechada no encontro. Ressalvou que a última palavra será do governador Germano Rigotto, mas disse também que não há grandes pontos de discordância entre a posição do governo e as solicitações apresentadas pela GM no dia 11 deste mês.
– Não há discordância de princípios, mas ainda há diferenças nos números – disse, sem dar detalhes.
Ponte enfatizou que a saúde financeira do Estado não permite ao governo abrir mão de receitas atuais, embora admita fazer isso em relação a receitas futuras, isto é, que serão geradas apenas no caso de o investimento ser realizado. Em relação ao que chamou de princípios, o secretário acrescentou que um deles é questão de interpretação jurídica. Se estiver correto, disse, não haverá problemas. Também está praticamente descartada a possibilidade de o governo ter de enviar projeto à Assembléia para conceder o que foi pedido pela empresa:
– O governo e a GM concordaram em ficar restritos ao previsto no contrato já em vigor. Na maioria, são obrigações que o Estado já assumiu e que melhoram a competitividade da unidade de Gravataí.
A GM do Brasil tem pouco mais de 60 dias para levar o acordo fechado com o governo estadual à direção mundial. O projeto, apresentado ao governador no último dia 4, quase duplica a produção da montadora em Gravataí, dos atuais 120 mil para 200 mil veículos/ano. O modelo a ser produzido, mantido em sigilo, deverá usar muitos componentes do Celta. A montadora também planeja construir uma unidade de veículos desmontados destinados à exportação.
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