Após os Jogos Olímpicos de Pequim, Jade Barbosa se viu envolvida numa briga entre seu pai, César, e a Confederação Brasileira de Ginástica. Diagnosticada a lesão grave no punho direito, o pai da ginasta culpou a CBG pelo problema da filha, citando descaso e esforço excessivo. Em seu site oficial, no entanto, na seção em que dá dicas para atletas, Jade defende a superação diária de limites e até da dor.

– Meu treinamento visa a resultado. Portanto, trabalho com superação de limites diários. Se sinto alguma dor, se estou triste ou com qualquer outro problema, preciso superá-los para treinar e, de preferência, bem. Um dia sem rendimento ou superação é um dia perdido – diz a ginasta.

Jade vai mais além nos conselhos aos futuros ginastas. Na parte em que fala da atitude dos pais em relação ao atleta, ela afirma que é preciso demonstrar interesse e alegria pela atividade física, além de satisfação com o desempenho do filho nas competições. No entanto, a ginasta surpreende ao pedir que os responsáveis não assistam aos treinos, caso tenham medo de ver os filhos em exercícios puxados.

– Evite dar uma de técnico, dando instruções e passando por cima das orientações do próprio instrutor, porque isso constrange e deixa a criança desorientada. Nas competições, não fique alterado, gritando, gesticulando, procurando briga. Passe sempre confiança e não seja superprotetor. Se você tem medo de ver seu filho em competições ou em treinamentos puxados, por inúmeras razões e insegurança, isso pode ser transmitido para ele. Então, evite ficar assistindo aos treinamentos e, nas competições, fique apenas o tempo que agüentar – afirma o texto no site oficial da ginasta.