| 18/03/2011 09h42min
O porta-voz do governo francês, François Baroin, confirmou nesta sexta-feira que os ataques militares contra a Líbia podem ocorrer "em algumas horas". Baroin afirmou que a intervenção militar não deve ser interpretada como uma ocupação do território líbio, mas um "dispositivo de natureza militar para proteger o povo líbio" visando a "liberdade".
O governo britânico também confirmou a participação na ação militar. O primeiro-ministro David Cameron afirmou que aviões de combate chegarão nas próximas horas a bases de onde poderão decolar em direção à Líbia.
— Nossas forças se unirão a uma operação internacional para aplicar a resolução se Kadafi não cumprir com a demanda de acabar com os ataques contra os civis — disse Cameron no Parlamento.
O anúncio foi feito um dia depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução que autoriza a adoção de "todas as medidas necessárias" para proteger os civis e impor um cessar-fogo ao Exército líbio, incluindo ataques aéreos, mas o texto destaca que não se trata de ocupação militar.
Logo após a decisão, o presidente americano Barack Obama, telefonou ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a David Cameron, para coordenar a estratégia militar a ser executada na Líbia. m comunicado, a Casa Branca informou que "os dirigentes concordaram com o fato de que a Líbia deve respeitar imediatamente os termos da resolução e que a violência contra a população civil deve cessar".
Diante do iminente ataque, o ditador líbio Muamar Kadafi afirmou que transformará num "inferno" a vida de qualquer um que invadir seu país.
— Se o mundo ficou louco, nós também ficamos. Responderemos. Suas vidas se transformarão num inferno — disse ele, falando à rede de TV estatal RTP, poucas horas depois da aprovação da resolução da ONU.
Com agências internacionais
Rebeldes celebram em Benghazi aprovação da ONU de uso da força militar na Líbia
Foto:
Patrick Baz, AFP
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