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 | 17/03/2011 19h48min

Conselho de Segurança da ONU aprova uso da força para deter Kadafi na Líbia

Texto permite que "todas as medidas necessárias" sejam tomadas para proteger áreas civis

Atualizada em 18/03/2011 às 01h18min

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quinta-feira todas as medidas necessárias, incluindo o uso da força — com ataques aéreos —, para deter o avanço do ditador Muamar Kadafi sobre os rebeldes líbios.

O Conselho votou favoravelmente uma resolução que permite "todas as medidas necessárias" para proteger áreas civis, incluindo o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia. O texto "estabelece uma proibição de todos os voos no espaço aéreo da Líbia de forma a proteger os civis".

A votação entre os 15 membros do Conselho foi de 10 a favor, nenhum contra e cinco abstenções. Brasil, China, Rússia, Índia e Alemanha não usaram seu direito a voto. Segundo o texto, a ONU "autoriza os Estados-membros a tomar todas as medidas necessárias para proteger os civis e as zonas habitadas por civis sob a ameaça de ataques (pelas forças de Kadafi), incluindo Benghazi". No entanto, exclui "uma força estrangeira de ocupação sob qualquer forma e em qualquer parte do território líbio".

O vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaaim, afirmou que a resolução "ameaça a unidade" do país e constitui um "apelo aos líbios para que se matem". Segundo o vice, a decisão é resultado de um "complô" da comunidade internacional "guiado pela vontade de países como França, Grã-Bretanha e Estados Unidos para dividir a Líbia".

A resolução foi adotada no momento em que Kadafi anunciou um ataque sobre Benghazi, reduto dos rebeldes, prometendo "perseguir os traidores". O ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppé, advertiu que não há muito tempo para intervir.

— Pode ser questão de horas.

Pouco depois de a votação no Conselho ser divulgada, foram ouvidos "disparos de alegria" em Benghazi, reduto dos insurgentes na Líbia, segundo jornalistas da agência de notícias AFP. França, Grã-Bretanha e Estados Unidos empurraram os demais países membros do Conselho de Segurança a adotar esse texto.

O Líbano também contribuiu para a resolução. Paris e seus aliados preparavam-se para atuar logo depois da aprovação do texto pela ONU, declarou Juppé.

— O primeiro passo é a aprovação de uma resolução e depois, com nossos aliados, prepararemos as decisões seguintes — declarou Juppé aos jornalistas antes da reunião do conselho.

Questionado sobre se a França participaria de combates aéreos, o ministro respondeu:

— A França está pronta, junto aos outros, para levar a resolução do Conselho de Segurança à prática, inclusive nesse campo.

Por outro lado, Qatar e Emirados Árabes Unidos poderão participar de operações conjuntas contra o regime de Kadafi com um aval da ONU, disse o chefe da delegação da Liga Árabe na ONU, Yahya Mahmassani. O chefe da Força Aérea americana, o general Norton Schwartz, advertiu por sua vez que impor uma zona de exclusão aérea "não será suficiente" para deter a ofensiva das forças do líder líbio.

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