Centenas de estudantes e professores da Uergs protestaram na tarde desta sexta-feira. A reivindicação era a aplicação integral do estatuto da universidade, aprovado em 2004, especialmente quanto à eleição direta para a reitoria. 

Os manifestantes começaram às 14h uma caminhada da Praça da Matriz até a sede da reitoria, na rua Sete de Setembro, onde permaneceram reunidos até cerca de 15h30min.

Segundo o professor e coordenador de comunicação da Associação dos Docentes da Uergs (Aduergs), Maximiliano Fegala, os participantes não foram recebidos pela reitoria. O pró-reitor de ensino da universidade, Eloy Julis Garcia, justifica que eles não solicitaram uma audiência.

Os manifestantes pretendiam apresentar reivindicações referentes a composição do conselho universitário da universidade, a criação de um conselho de ensino, pesquisa e extensão e de conselhos consultivos regionais. Outras reivindicações dizem respeito a eleição direta para reitor, os vestibulares da universidade e a abertura de concurso para professores.

— A Uergs é a única universidade do país com reitor não eleito pela comunidade universitária. Agora temos vestibular aberto para 800 vagas e a sociedade não é bem informada sobre isso. Nossa intenção é que a universidade preste o serviço público para o qual a sociedade a criou. Queremos que a reitoria e o governo conversem com a gente para achar soluções — afirma Fegala.

Segundo o pró-reitor de ensino da Uergs, o estatuto só não é aplicado nas questões que exigem regulamentação:

— Algumas das pessoas encarregadas de redigir o regimento sobre as eleições internas estavam na passeata, mas ainda não apresentaram o documento à reitoria.

Garcia explicou outras reivindicações já estão sendo solucionadas pela universidade. Segundo ele, um edital de concurso já foi aberto para professores, com 62 vagas: 

— Estamos pleiteando mais 110 vagas. Há dez editais tramitando.

Na questão do vestibular, ele acredita que seria melhor não realizá-lo no inverno e sim no próximo verão, com a reposição do quadro de professores: 

— Estamos realizando vestibular onde é possível, onde há professores para todos os cursos. Hoje estamos com um terço da nossa capacidade docente: são 127 professores em 24 unidades. A reitoria não recomendou a realização de vestibular em nenhuma das unidades.

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