| 17/06/2009 10h13min
O atendimento nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Porto Alegre recebeu reforço na manhã desta quarta-feira para suprir a falta de servidores grevistas, mas algumas consultas atrasavam, especialmente na unidade da Avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon. No local são realizadas todas as perícias médicas.
Ontem, a agência do Partenon deixou de atender cem segurados entre as 7h e as 9h. Diariamente, 600 pessoas procuram o estabelecimento. Somente quem tem consulta agendada estava sendo atendido. Apesar do reforço, atrasos ocorriam, confirmou a assessoria de imprensa do INSS.
— Estou aguardando. Cheguei às 8h, horário em que está marcada minha perícia — disse, às 9h30min, o carpinteiro Luciano Silva Garcia, 33 anos.
Garcia esperava pela sua primeira perícia após machucar o tornozelo direito.
Ele relatou que havia bastante movimento no
local.
A empregada doméstica Cleide Pampim, 60, teve mais sorte e foi atendida. No entanto, o laudo de labirintite e depressão que tinha não serviu para obter benefício da Previdência.
— Disseram que deve chegar uma carta em casa daqui a 15 dias. Se não recebermos, ela deve voltar à agência — explicou a filha de Cleide, Tania Maria Pampim Portela, 28.
Este é o segundo dia de paralisação no INSS, movimento que é nacional. Os trabalhadores protestam contra a proposta de aumentar a jornada de trabalho para 40 horas semanais ou manter a carga atual com uma redução proporcional de 25% nos salários. Hoje, a maioria dos servidores tem uma jornada semanal de 30 horas. O INSS afirmou que a nova jornada é resultado de acordo estabelecido com os trabalhadores.
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Foto:
Ronaldo Bernardi
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